O modelo ideal da família criada por Deus tinha como ingredientes indispensáveis amor, santidade, estilo de vida ditado por Ele e sabedoria divina. Dessa forma abençoada, começou a família de Adão, mas, por não ouvir a ordem divina, acabou quebrando e perdendo o essencial desses ingredientes. O pecado separou o homem (e, consequentemente, a família) do seu Criador. Sem essa união vital, o homem deixou de pertencer à família de Deus. Tornou-se apenas criatura de Deus, com sua imagem e semelhança a Deus manchadas pelo seu pecado.

Como Deus é amor (I João 4.8, 16), Ele não abandonou o homem, mas tomou a iniciativa de restaurar o homem e a família por meio de Jesus Cristo: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados (I João 4.10). Pela fé em Jesus, Deus nos concedeu a prerrogativa de nos tornarmos seus filhos (João 1.12 e 13). Passamos a pertencer à família de Deus por adoção.

Se fazemos parte da família de Deus, precisamos viver um relacionamento de amor com o Pai. Na vivência de amor com Deus é que recebemos a capacidade de amar uns aos outros. A ordem de Cristo é que devemos amar uns aos outros, assim como Ele nos amou (João 15.12). No nosso contato diário com os irmãos ou em nosso relacionamento com eles na igreja, o amor deve ser evidente e real.

Vivendo na família de Deus, precisamos agir com responsabilidade. Se Deus é Santo, como membros de Sua família, precisamos viver em santidade. A nossa imagem moral e espiritual precisa ter como modelo o padrão divino. Este padrão não permite o hábito, o costume, a cultura e a prática do pecado. Precisamos estar sempre cônscios de que o pecado é uma transgressão da lei divina (I João 3.4). Não podemos viver num estado de pecado. Por causa da natureza carnal, que ainda está viva em nós, cometemos atos de pecado. A impecabilidade só será conseguida na eternidade, mas a nossa luta diária deve ser para vencer os desejos pecaminosos, deve ser uma luta constante em nosso crescimento em santidade.

Vivendo na família de Deus, devemos viver com discernimento (I João 3.7 – 10). Cuidado com as aparências! Não basta o falar, mas praticar e viver, no dia a dia, os ensinamentos de Cristo. A vida do filho de Deus deve fazer a diferença entre os que não o são. Todas as nossas ações devem demonstrar que somos filhos de Deus: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados” (Efésios 5.1).

Pr. Miguel Horvath

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