Aproveitei o feriado de 7 de Setembro e assisti a um documentário chamado “Living on one dollar” (Vivendo com um dólar) — recomendo que você também assista a esse documentário com sua família.
A história do documentário passa-se no interior da Guatemala, onde algumas famílias são acompanhadas por um período de 60 dias por 4 jovens que fizeram daquele pequeno vilarejo um laboratório para experimentarem, temporalmente, o que aquelas pessoas vivem diariamente: viver com menos de 1 dólar por dia.
Chino é uma criança de 13 anos que quer aprender Espanhol para arrumar um trabalho. Antônio e Rosa são pais que precisam tomar a decisão entre mandar seus filhos para a escola ou alimentá-los.
Não tenho dúvida de que eu e você vivemos com muito mais de 1 dólar por dia (enquanto escrevo, 1 dólar equivale a R$ 3,96). Se você fizer a mesma conta que fiz, descobrirá que R$ 3,96 não paga 1 dia da conta de energia elétrica de uma família.
Enquanto assistia, lembrava dos irmãos das igrejas da Macedônia:
“Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às igrejas da Macedônia. No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade. Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam. Por iniciativa própria eles nos suplicaram insistentemente o privilégio de participar da assistência aos santos. E não somente fizeram o que esperávamos, mas entregaram-se primeiramente a si mesmos ao Senhor e, depois, a nós, pela vontade de Deus.” – II Coríntios 8.1-5
Esses viviam em extrema pobreza e insistiam em participar da assistência aos santos porque enxergavam que dividir, doar, repartir, investir, ajudar, cooperar, participar eram um privilégio.
Antônio e Rosa, na Guatemala, vivem com U$ 1,25 por dia, ou seja, muito mais que outras famílias daquele mesmo vilarejo. Antônio e Rosa dividem o pouco, ajudando outras famílias, como a de Chico. Eles alegram-se em dividir, doar, repartir, investir, ajudar, cooperar, participar…
Vivemos com muito mais de 1 dólar por dia, mas quanto investimos, dia-a-dia, no reino de Deus, na igreja, em ministérios, em missões? Creio que aqueles irmãos da Macedônia entendiam que era um privilégio participar da assistência porque conheciam a graça de Deus.
Paulo, escrevendo à igreja de Corinto, diz que eles também conhecem essa graça:
“Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos” – II Coríntios 8.9
A igreja da Macedônia conhecia a graça e era impulsionada por ela; a igreja de Corinto também a conhecia, mas ainda precisava aprender sobre os desdobramentos práticos de uma vida influenciada por ela. Nós também conhecemos a graça de Deus. Jesus Cristo, sendo rico, se fez pobre para que nos tornássemos ricos. Deus e seu filho, Jesus Cristo, nos ensinam a dividirmos, doarmos, repartirmos, investirmos, ajudarmos, cooperarmos, participarmos.
O documentário apresenta uma realidade atual que chama a nossa atenção para as disparidades da nossa época. Pessoas vivendo com tão pouco e pessoas vivendo com muito mais do que realmente necessitam. Os crentes da Macedônia são testemunhas de que a Graça de Deus é tão abundante e poderosa que é capaz de sustentar pessoas em extrema pobreza e ainda usá-las, efetivamente, para que outras pessoas sejam assistidas. Cabe a cada um de nós confiarmos na Graça e permitirmos que ela nos influencie dia-a-dia