O nosso estudo de hoje baseia-se em II João, que tem apenas treze versículos. O apóstolo João se identifica somente como presbítero, e os destinatários são apresentados como “senhora eleita e seus filhos”. Há duas interpretações quanto aos destinatários: uma amiga do apóstolo e seus filhos ou uma igreja local e seus membros. Qualquer que seja a nossa interpretação dos destinatários, não muda o ensino que o apóstolo transmitiu.

Nessa carta, João nos dá ensinos preciosos de como devemos agir diante do erro ou das heresias: com amor. “Muitas vezes, em nome da verdade, esquecemos de amar. Quando o amor é esquecido, a verdade fica prejudicada. A prática do amor e a defesa da verdade não são atitudes que precisam se contradizer” (Israel Belo Azevedo).

O apóstolo mostra como viver a verdade em amor diante do ensino dos falsos profetas, o que pode ser resumido em duas proposições:
1. O nosso amor ao próximo não deve solapar a nossa lealdade a Cristo: A fé em Cristo supera qualquer obstáculo. Jesus Cristo é a verdade (João 14.6). A nossa lealdade a Cristo deve ser absoluta, pois sabemos que Ele é, verdadeiramente, o Filho de Deus (João 6.68 e 69), que se encarnou para trazer a revelação completa de Deus e pagar o alto preço do nosso resgate (Filipenses 2.5-11). “Os que andam na verdade precisam ser exortados a amarem uns aos outros (II João 4 e 5). O nosso amor amolece se não for fortalecido pela verdade, e a nossa verdade endurece se não for suavizada pelo amor” (Rev. Vivendo o amor de Deus).

2. O nosso amor ao próximo não pode nos impedir de reconhecer os que não seguem a verdade: Tem-se dito que o amor é cego, mas o verdadeiro amor vê o que está certo e o que está errado. Para viver a verdade do Evangelho, precisamos amar ao próximo, mas também precisamos defender a verdade com amor. Não podemos simplesmente ignorar as heresias. Temos que nos opor a elas, pois elas querem se passar por verdadeiras. A fonte da verdade está na Bíblia. Os seus ensinos têm sido deturpados através dos séculos, como está acontecendo em nossos dias – inclusive, tentando desacreditá-la, querendo atualizá-la, para adaptá-la aos conceitos pecaminosos de nossos dias, se esquecendo de que Deus não muda (é o mesmo ontem, hoje e o será eternamente). A sociedade muda de acordo com as estratégias do príncipe das trevas que a domina. O nosso amor ao próximo deve ser motivo para confrontar os conceitos abomináveis do nosso século com a verdade bíblica. Naturalmente, com todo o amor.

Pr. Miguel Horvath

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