A exigência divina para os salvos é uma vida santificada, isto é, separada e consagrada a Deus, que vá além das formalidades religiosas. A santificação do crente está relacionada com a maneira como se comporta diante de situações conflituosas da vida. A experiência da santificação só se evidencia quando o crente em seu relacionamento com Deus e com aqueles que o cercam atende ao padrão definido pela Palavra de Deus.
Os padrões da sociedade mudam de acordo com sua evolução, mas o padrão divino é imutável. As influências da sociedade hoje são muito fortes pelos meios modernos de comunicação. Para não ser levado por estas influências há necessidade da leitura constante da Palavra e assimilação dos seus preceitos. Só quem assim faz e mantém comunhão constante com Deus pode ter a vida de santidade exigida por Ele.
O apóstolo Pedro indica duas características básicas da santificação real:
- Ser temente a Deus
- Ter em conta o preço da nossa redenção.
Pedro aponta como razão do temor do Senhor durante o tempo de nossa peregrinação na terra o fato de que Deus é o juiz. Ele julga “segundo as obras de cada um”, sem fazer “acepção de pessoas”. Sabendo que estamos sempre diante dos olhos divinos, precisamos ser tementes a Deus.
Outro aspecto apontado como motivação de nossa santificação é lembrar o preço pago pela nossa salvação. Não foi com valores terrenos (I Pedro 1. 18) – coisas corruptíveis, como prata ou ouro – que jamais poderiam pagar o redenção do homem pecador (Salmos 49. 7 e 8). O preço foi o sangue precioso de Jesus Cristo, o próprio Deus encarnado!
Pedro lembra de que a Palavra de Deus permanece para sempre (I Pedro 1. 25), sem mudanças, e por isso a vida do crente deve ser determinada por Deus. Regenerado, nascido de novo em Cristo, “as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” – II Coríntios 5.17. O salvo por Cristo deve despojar-se de vícios antigos, como maldade, dolo, hipocrisia, inveja, maledicência, etc. Deve adquirir hábitos saudáveis, como bondade, mansidão, benignidade, paz, longanimidade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.