A humanidade, ao longo de toda a sua História, tem demonstrado sua rebeldia e ingratidão com o seu Criador, o Senhor Deus Todo Poderosos. O homem foi criado por Deus à sua imagem e semelhança (Gênesis 1. 27 e 28) para que, tendo domínio sobre toda a criação, refletisse a glória divina em todo o planeta. O homem devia ser o administrador de tudo aqui na Terra, observando as leis e estatutos estabelecidos por Deus.

Tudo era belo e perfeito, mas o homem, esquecendo de todo o bem recebido de Deus e da vida maravilhosa que tinha ali no Éden, preferiu dar ouvidos a uma voz diferente da divina. Foi o princípio de todo o mal na terra (Gênesis 3). Deus, no entanto, no Seu infinito amor, não abandonou o ser humano. Ele falou e continua falando aos homens. Fez a promessa de libertação e a cumpriu com a morte de Jesus Cristo. Tem enviado os seus mensageiros para anunciar ao homem que ele só será vitorioso e feliz com o reconhecimento de sua dependência de Deus. Mesmo sem esse reconhecimento, Ele não desistiu de continuar mantendo e sustentando toda a criação. O homem colhe o que semeia: não aceitando e nem vivendo em obediência às leis e estatutos divinos, sofre as consequências do seu pecado. Todos os homens têm, no seu íntimo, a revelação de que há um só Deus (Romanos 1.20 – 25) e que só Ele deve ser obedecido e adorado.

Deus lamenta que o ser humano não O reconheça e não O obedeça como Senhor de sua vida. Em Isaías 1, Deus faz uma triste lamentação pelo fato do homem não O reconhecer como Senhor: “Ó céus, ó terra, escutem! Escutem o que o Senhor diz: Os filhos que eu criei com tanto amor e cuidado, os filhos que eu ajudei a crescer e ficar fortes, se revoltaram contra mim. Até os animais – o boi e o jumento – conhecem e amam o dono, que cuida deles. Israel, não me conhece, nem me ama. Por mais que Eu faça, eles não se importam comigo. Que povo cheio, carregado de pecado…Viraram as costas para o Senhor e desprezaram o Santo de Israel. Escolheram viver sem a minha ajuda” (A Bíblia Viva, vs. 2 – 4).

É tempo de arrependimento e volta ao Deus verdadeiro. Durante o ministério do profeta Elias, houve uma fome de três anos e meio como castigo ao povo de Israel pelo abandono que fez de Deus e à adoração a deuses falsos. O rei Acabe, atendendo ao desafio de Elias, convocou o povo todo e todos os seus profetas no monte Carmelo.  O desafio era provar qual o único Deus verdadeiro. Cada um deveria erguer o seu altar, colocar a lenha e o animal sacrificado. Nenhum deles poderia por fogo no altar. O “deus” que, diante da súplica, atendesse o clamor do profeta, queimando todo o holocausto, esse “deus” seria reconhecido como verdadeiro. Os profetas de Baal clamaram desde o amanhecer até o final do dia, mas tudo em vão. Não houve nenhuma resposta. Só depois Elias preparou o seu altar, com o holocausto, mandou molhar tudo três vezes. Chamando a atenção de todos, clamou ao Senhor. A resposta foi imediata:  no mesmo instante, caiu fogo do Senhor sobre o sacrifício e queimou completamente não só o sacrifício, mas o altar e secou a água em volta do altar. Naquele momento, o povo reconheceu e clamou em altas vozes: “Só o Senhor é Deus. Só o Senhor é Deus” (I Reis 18.39).

O mundo, hoje, precisa desse reconhecimento. Diante da fraqueza humana, demonstrada nestes dias em que um pequeno vírus está trazendo tantos males e tantas mortes, há necessidade de reconhecer que só o Senhor é Deus. Só com Ele é que teremos a vitória completa. Podemos – como esperamos – vencer os males deste vírus com o conhecimento dado por Deus ao homem, mas os efeitos devastadores do pecado só serão vencidos, completamente, buscando e servindo ao único Deus verdadeiro.

Pr. Miguel Horvath

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