“Vocês mesmos são a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos. Vocês demonstram que são uma carta de Cristo, resultado do nosso ministério, escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de corações humanos.” – II Coríntios 3.2 e 3

Se alguém, voluntariamente, fosse escrever algo a seu respeito, o que seria escrito? E, se pudéssemos pedir que algo fosse escrito sobre nós, o que recomendaríamos? Gosto da maneira como a poetisa Myrthes Mathyas (1933-1996) se expressou sobre isso em seu poema “Escreve em Mim”:

Senhor, aqui está minha vida, não como um documento já preparado à espera da Tua rubrica.
Apenas uma folha de papel em branco a ser preenchida com a vontade Tua, com os planos Teus.
Por favor, Senhor, pensa em minha insuficiência, considera minha dificuldade de compreender e escreve com tintas vivas, nítidas, de tal maneira que me seja impossível confundir ou duvidar.
Quero sair agora, ainda hoje, se possível for, a mostrar ao mundo o que escreveste em mim, a provar aos homens que Tu és o Autor.
Que a mais simples criança possa ler-te em mim e que o mais sábio dos homens possa reconhecer em cada gesto meu o traçado dos eternos dedos Teus.
Diante desse mundo que se desintegra, desta sociedade que exige cada vez mais, quem sou eu para escrever primeiro e pedir depois a Tua aprovação?
Estende a mão que gravou no Sinai a Santa Lei, que escreveu na areia uma mensagem até hoje desconhecida e, para o bem do mundo, para glória Tua, para paz de minha alma, escreve na folha em branco de papel que eu sou, a palavra que és Tu mesmo: AMOR!

Peçamos a Deus que sejamos pessoas abertas a serem lidas e que, ao sermos lidos, as palavras escritas em nós revelem claramente quem é o Autor.

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