“Assim diz o Senhor: ‘Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua força nem o rico em sua riqueza, mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado, declara o Senhor’.” – Jeremias 9.23 e 24

Concordamos que sabedoria, força e riqueza são virtudes que deixam qualquer pessoa admirada.

Quantos de nós já ficamos admirados com alguém agindo com sabedoria em situações que pareciam não ter mais saída? Lembremos de Salomão diante daquelas duas mães, em I Reis 3.16-28.

Quantos de nós também não ficamos admirados com alguém agindo com força ou coragem ao lidar com inimigos e perseguidores, sem temer ou sem se acovardar? Lembremos de Sansão, em Juízes 15.15 e 16.

Quantos de nós não ficamos admirados com a riqueza? Alguns até chegam a sonhar com a possibilidade (real ou irreal) de se tornarem milionários – alguns para nunca mais trabalhar, outros simplesmente para terem o que quiserem e quando quiserem. Lembremos de Nabucodonosor, em Daniel 4.29 e 30.

Nada de errado há em admirar ou ficar vislumbrado com o sábio, com o forte e com o rico. Nada de errado há em sermos essas pessoas, mas é muito perigoso depositarmos toda confiança nessas virtudes.

O fim dos três personagens bíblicos, nós conhecemos. Salomão, tão sábio, afastou-se do Senhor e não conseguiu manter o seu reino. Sansão, tão forte, afastou-se do Senhor e acabou morto. Nabucodonosor, tão rico, foi humilhado e, por um período, viveu como um animal.

A negativa de Jeremias 9.23 ensina-nos a não nos gloriarmos, ou seja, a não confiarmos, a não sermos orgulhosos, presunçosos ou arrogantes por sermos sábios, fortes ou ricos. Interessantemente, o texto de Jeremias também incentiva-nos a compreendermos e conhecermos ao Senhor, que age de acordo com três outras virtudes: lealdade, justiça e retidão – virtudes encontradas nEle, mas também virtudes que podem ser encontradas em nós. Aliás, essas virtudes, quando identificadas em nós, agradam o próprio Deus.

Mas a quantas pessoas admiramos por serem leais, justas e retas? Essas virtudes estão presentes no nosso agir? Conseguiríamos definir essas virtudes? Faltam no nosso mundo essas pessoas? Ou não nos fascina esse tipo de virtude?

Tenho a impressão de que nos fascinamos rápido e facilmente com o sábio, o forte e o rico, mas desprezamos o leal, o justo e o reto.

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