“Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união; porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre”.
Deus criou o homem como um ser social e como alguém que sente necessidade profunda de estar junto de outros. Por esta razão, sentimos a necessidade de termos parentes, amigos, de conhecermos e sermos conhecidos por outros. Para isto, precisamos cultivar amizades e nutrir relacionamentos; precisamos ter com quem compartilhar as alegrias, as tristeza, os problemas. O salmo 133 reflete a alegria dessa comunhão.
Antes da industrialização, o homem tinha mais facilidade em cultivar relacionamentos no lar e com amigos. O avanço das ciências e das técnicas modernas, inclusive dos meios de comunicação, está tornando o homem mais egoísta e menos altruísta. Tudo exige tempo para si. Estas transformações da sociedade perturbaram o funcionamento da família, exigindo que todos os seus membros saiam em busca de salários, de diplomas, de status. O lar tornou-se hospedaria ou dormitório. Muitas vezes, cada membro da família tem horários diferentes para sair e chegar, oferecendo pouco tempo para a família toda estar junta. Com a desestruturação da família, houve a desestruturação da sociedade.
Há necessidade de separarmos tempo para todas as coisas. O ideal é que em nossos relacionamentos interpessoais haja quantidade (tempo) com qualidade (amor, alegria, dedicação, auto doação). A prioridade deve ser sempre o Senhor. A Ele devemos tudo e Ele é o provedor de todas as nossas necessidades. Tempo de comunhão pessoal e familiar diária com o Senhor. Depois, não podemos, de modo algum, negligenciar o tempo para a família: cônjuge, filhos, pais, parentes mais próximos. Precisamos dedicar tempo também para a igreja e nossos irmãos na fé. Precisamos cultivar o amor fraternal e a comunhão com eles.
Qualidade ou quantidade para cada relacionamento? O ideal é que seja quantidade com qualidade. Pouco ou muito tempo, mas sempre com qualidade: com amor, dedicação, altruísmo e sinceridade.