Provação e tentação, ainda que tenham algo em comum, têm sentidos diferentes. A diferença básica está nos propósitos. A provação visa o fortalecimento e o crescimento. A tentação tem como objetivo principal derrotar, fazer cair. A provação pode vir de Deus, mas a tentação nunca virá de Deus (Tiago 1.13). Ele deseja tão somente o bem do homem, e nunca o mal. Satanás é quem deseja a ruína do homem. Exemplo claro disse está na tentação de Eva, em Gênesis 3. O propósito de Satanás foi alcançado, pois ele queria que ela desobedecesse a Deus.
A provação é um processo que Deus utiliza para promover o crescimento e o fortalecimento da fé e do amor. Abraão foi provado por Deus, em Gênesis 22, ao pedir que sacrificasse o seu filho único (o da promessa). A provação de Jó tinha como alvo mostrar a fidelidade dele ao Senhor. Sua fidelidade a Deus não era por causa dos bens que o Senhor lhe havia dado. Não era também porque Deus lhe dera saúde perfeita. O amor a Deus e a fidelidade a Ele devem estar acima de todas as coisas.
Precisamos resistir à tentação. Com o poder do Espírito Santo, que habita em nós, alcançamos a capacidade de vencer todas as tentações. Porém, nunca devemos confiar em nossa capacidade pessoal, mas confiar no Senhor. Dele é que vem a força e o poder para a vitória. Com as vitórias que vamos alcançando sobre as tentações, a nossa fé e o nosso amor vão crescendo. A tentação em si não é pecado, mas sim seguir o que a tentação sugere.
Ao suportarmos as provações que nos advierem, iremos crescendo em nossa fé rumo à maturidade cristã, ainda que signifiquem lutas e desafios. Busquemos a sabedoria do alto para que as tentações se transformem em desafios que promovam a nossa maturidade espiritual.
Pr. Miguel Horvath