Há uma ênfase muito grande na Bíblia, especialmente no Novo Testamento, sobre a necessidade de sermos praticantes da Palavra e não somente ouvintes. É importante conhecer a Palavra, mas, sem a prática, ela não produz os efeitos desejados. Jesus disse aos seus discípulos: “Se de fato conheceis estas coisas, sereis bem-aventurados se as praticardes” (João 13.17). No final do Sermão do Monte, enfatizou o imperativo da obediência à Palavra de Deus (Mateus 7.24 – 27). Aquele que só ouve ou só conhece a Palavra está enganando a si mesmo, como afirma Tiago, ou está construindo a sua casa sobre a areia. Há premente necessidade de praticar o que dizemos conhecer e crer. Não podemos ser hipócritas como os fariseus e saduceus do tempo de Jesus.

Vivemos num tempo em que a influência da sociedade na vida das pessoas é muito grande. Os padrões estabelecidos pela sociedade, de um modo geral, são contrários ao padrão bíblico. Tiago, no texto de hoje, deixa bem claro que o padrão da Palavra de Deus – a Bíblia – deve ser o único padrão da vida de todo o salvo por Jesus Cristo. O crente, mesmo estando no mundo, não é do mundo e anda na contramão da sociedade em que vive. Ele não prima por viver como a maioria vive, mas por seguir, fielmente, os padrões estabelecidos pela Palavra de Deus.

Tiago chama a atenção também para o cuidado no uso das palavras. Elas devem ser ponderadas, produzidas pelo conhecimento da Bíblia e pela prática das verdades que aprendemos nela (Tiago 1.22). O nosso linguajar deve refletir a pureza do nosso coração transformado pela Palavra. Lembremo-nos de que a boca fala do que o coração está cheio (Lucas 7.45). Daí a necessidade do contato diário com a Palavra de Deus, pela leitura, meditação e absorção de tudo o que lemos, pois isso moldará o nosso caráter e o nosso modo de ser e viver.

Pr. Miguel Horvath

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