“Mas vós sois geração eleita, sacerdócio real, nação santa de propriedade exclusiva de Deus, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz. Antigamente, não éreis povo; agora, sois povo de Deus; não tínheis recebido misericórdia; agora, recebestes misericórdia” – I Pedro 2.9 – 10.

Vivemos num mundo cada vez mais degradado. Cada vez mais, os homens se distanciam de Deus. Sentimos como Davi: “Quando os fundamentos são destruídos, que pode fazer o justo?” (Salmos 11.30). “O insensato diz no seu coração: Deus não existe. Todos se corromperam e praticam abominações; não há quem faça o bem. O Senhor olha do céu para os filhos dos homens para ver se há alguém que tenha entendimento, que busque a Deus” (Salmos 14.1 e 2).

Ainda hoje, o Senhor continua olhando do céu para esta humanidade (para os filhos dos homens). Procura pelos justos, pelos fiéis, pelos que buscam andar segundo a Sua vontade. Ele sempre esteve olhando para aqueles que são a coroa de toda a criação.

Em Gêneses 6, lemos a visão que o Senhor teve da humanidade antediluviana: “O Senhor viu que a maldade do homem na terra era grande e que toda a imaginação dos pensamentos era continuamente má. Noé, porém, era homem justo e íntegro em sua geração e andava com Deus” (6. 5 e 9).  Noé e sua família eram a última reserva moral que fez preservar a humanidade da destruição total por ocasião do dilúvio. Na destruição de Sodoma e Gomorra, só Ló alcançou a graça de ser salvo porque era a única reserva moral daquelas cidades. Ele se afligia ao ouvir e ao ver as obras perversas deles (II Pedro 2.6 – 8).

O que o Senhor vê na humanidade de hoje? Mesmo nestes dias difíceis que vivenciamos, o que Ele observa e sente? Certamente, o que viu nos dias de Noé e, posteriormente, no tempo de Abraão, o que viu e sentiu da vida dos moradores de Sodoma e Gomorra. “E Deus viu a terra, e ela estava corrompida, pois a humanidade toda havia corrompido a sua conduta sobre a terra” (Gênesis 6.12). Está como previu Isaías em sua profecia: “Na verdade, a terra está contaminada por causa de seus habitantes, pois desobedecem às leis, deturpam os estatutos e quebram a aliança eterna” (Isaías 24.5).

Neste cenário atual, em que os fundamentos estão destruídos, em que todos se corrompem e praticam abominações, Deus ainda tem uma última reserva moral: a geração eleita, o sacerdócio real, o povo de Sua propriedade exclusiva, para quem anuncie as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Este povo é constituído pelos verdadeiramente regenerados por Cristo.

Cada um de nós que foi alcançado pela graça e misericórdia do Senhor, salvo Jesus Cristo, deve conscientizar-se de que somos a última reserva moral e espiritual neste mundo condenado à perdição eterna. Esta conscientização deve levar-nos a dois propósitos que Deus requer de cada um de nós: andar com Deus (como Noé) e anunciar corajosamente o Evangelho de Cristo.

É preciso que a vida de cada um de nós seja íntegra e consciente de que somos peregrinos e forasteiros neste mundo. Nós não somos mais do mundo, apesar de ainda vivermos nele. Enquanto estamos aqui, a nossa visão e conduta devem ser orientadas, exclusivamente, nos ensinos bíblicos. Com o poder do Espírito Santo, resistir a tudo o que o mundo quer nos impor. O nosso viver deve fazer diferença aonde quer que estejamos ou façamos. Devemos afligir nossas almas por tudo que vemos de depravação da sociedade atual. Não compartilhar nem aceitar o que há no mundo dominado pelo deus deste século.

O segundo propósito é também imperioso: testemunhar de Jesus Cristo. Todos devem ouvir de nós sobre a necessidade do arrependimento e voltar a Deus, por meio de Jesus Cristo. Nós somos os únicos arautos a proclamar as grandezas de Deus.

Pr. Miguel Horvath

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