Há alguns anos, fui abordado na escada do nosso CBVM por uma garotinha que disse:
– Hey, que horas são?
– Que horas você quer que sejam? – perguntei curioso.
– Humm… 18h30!
– Vamos ver, então – tirei a manga de cima do relógio – São 17h43.
– Aaahh! – a garota lamentou e foi embora contrariada.
Fiquei refletindo sobre como aprendemos desde cedo a jogar tempo fora. Pense comigo: aquela garotinha lamentou o fato de ter 45 minutos a mais de vida! É como se – caso fosse possível – ela aceitasse a proposta de abdicar de viver por 45 minutos a fim de chegar, imediatamente, ao momento que é interessante aos seus olhos. Não soa absurdo?
Nós, porém, reproduzimos os mesmos sentimentos em nossa vida adulta, quando parece que só há vida a partir de sexta-feira, ou só há alegria quando estamos de folga, ou quando fazemos o que queremos, ou quando…
Quanto tempo renunciaríamos de viver se Deus tirasse de nós os momentos que gostaríamos que voassem? Qual seria a soma de tudo? Meses? Anos?
Que suas segundas sejam felizes, sua rotina seja gratificante e seu coração sempre seja preenchido por gratidão e significado (Salmos 90.12; Efésios 5.15-17)! Que, para sua satisfação, pouco importe a posição em que se encontram os ponteiros do relógio.
Pr. Bruno Ruggeri