“Irmãos, pensem no que vocês eram quando foram chamados. Poucos eram sábios segundo os padrões humanos; poucos eram poderosos; poucos eram de nobre nascimento.” – I Coríntios 1.26 – NVI
Os cristãos sempre foram, de alguma maneira, ligados à classe baixa da sociedade, ao chamado “povão”. Jesus não obteve instrução formal em escola rabínica (João 7.15); Pedro e João também não – pelo que foram chamados de iletrados e incultos (Atos 4.13) –; e os doutores da lei, ao ver o alcance da mensagem de Jesus sobre o povo, disseram: “essa ralé que nada entende da lei é maldita!” (João 7.49).
Apesar de muitos cristãos pertencerem a camadas socioeconômicas mais elevadas (Nicodemos, José de Arimatéia, Paulo, Sérgio Paulo, entre outros), sempre foi difícil para os mais cultos a assimilação do evangelho, pois era inaceitável que verdades inefáveis fossem a eles ensinadas por uma plebe insignificante. Não à toa, a continuação do versículo inicial diz:
“Mas Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes. Ele escolheu as coisas insignificantes do mundo, as desprezadas e as que nada são, para reduzir a nada as que são, para que ninguém se vanglorie diante dele.” (I Coríntios 1.27 e 28).
O evangelho sempre se tratou de pessoas simples, cujo modo de pensar e de viver foi transformado por Deus. Não há motivo para se omitir de pregar por não saber explicar as minúcias teológicas do evangelho. Fomos chamados para testemunhar (Atos 1.8) e não para defender tese em banca de doutores. Para uma testemunha, não importa ser rico, pobre, estudado, iletrado. Importa apenas conseguir contar de maneira satisfatória as informações necessárias. No caso, basta contar o fato histórico do evangelho (crucificação e ressurreição), explicando, de maneira simples, seu significado na história humana e em sua própria história de vida (confira Atos 4.20). Simples assim. Fale com convicção sobre seu encontro pessoal com Cristo e veja Deus usá-lo poderosamente!
Pr. Bruno Ruggeri