Na quinta-feira passada, dia 15 de outubro, como batistas brasileiros, celebramos O Dia do Batista. Essa data foi escolhida porque, naquele dia, em 1882, foi organizada, em solo brasileiro, a primeira igreja batista em língua portuguesa, em Salvador, Bahia. Eram apenas cinco membros! Vinte e cinco anos depois, já tinham organizado 83 igrejas e chegado a cerca de 4.200 membros.
No dia 22 de junho de 1907, as igrejas batistas resolveram unir-se, organizando a Convenção Batista Brasileira. As igrejas batistas, como a Bíblia ensina, são locais e autônomas. A Convenção é um órgão cooperativo para unir forças e realizar trabalhos que uma igreja sozinha não pode realizar. Ela não exerce autoridade sobre as igrejas filiadas, apenas recomenda o que os mensageiros decidem, ficando a critério de cada igreja aceitar ou não as recomendações e sugestões.
Como igrejas filiadas à CBB, se estabeleceram normas que nos caracterizam como verdadeiros seguidores de Cristo, como o Novo Testamento estabelece. Entre estes documentos temos o que chamamos de Princípios Batistas, A Declaração de Fé das Igrejas Batistas e o Pacto das Igrejas Batistas. Hoje, vamos transcrever este pacto, não só para o conhecimento daqueles que ainda não o conhecem, mas para deixar claro a nossa posição como crentes em Cristo Jesus, chamados batistas.
“Tendo sido levados pelo Espírito Santo a aceitar a Jesus Cristo como único e suficiente Salvador e batizados sob profissão de fé, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, decidimo-nos, unânimes, como um corpo em Cristo, firmar, solene e alegremente, na presença de Deus e desta congregação, o seguinte Pacto: Comprometemo-nos a, auxiliados pelo Espírito Santo, andar sempre unidos no amor cristão; trabalhar para que esta igreja cresça no conhecimento da Palavra, na santidade, no conforto mútuo e na espiritualidade; manter os seus cultos, suas doutrinas, suas ordenanças e sua disciplina; contribuir liberalmente para o sustento do ministério, para as despesas da igreja, para auxílio dos pobres e para a propagação do Evangelho em todas as nações.
“Comprometemo-nos, também, a manter uma devoção particular; a evitar e condenar todos os vícios; a educar, religiosamente, nossos filhos; a procurar a salvação de todo o mundo, a começar dos nossos parentes, amigos e conhecidos; a ser corretos em nossas transações, fiéis em nossos compromissos, exemplares em nossa conduta; e ser diligentes nos trabalhos seculares; evitar a detração, a difamação e a ira, sempre e em tudo visando à expansão do reino do nosso Salvador.
“Além disso, comprometemo-nos a ter cuidado uns com os outros; a lembrarmo-nos uns dos outros nas orações; ajudar mutuamente nas enfermidades e necessidades; cultivar relações francas e a delicadeza no trato; estar prontos a perdoar as ofensas, buscando, quando possível, a paz com todos os homens.
“Finalmente, comprometemo-nos a, quando sairmos desta localidade para outra, unirmo-nos a uma outra igreja da mesma fé e ordem, em que possamos observar os princípios da Palavra de Deus e o espírito desse Pacto. O Senhor nos abençoe e nos proteja para que sejamos fiéis e sinceros até a morte.”
Lembrarmos do que prometemos nesse pacto, certamente, vai ajudar-nos a melhorar a nossa vida no dia a dia, para a honra e glória do Senhor.
Pr. Miguel Horvath