“Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro.” – Mateus 6.24
Toda vez que leio e medito nesse texto, lembro-me de uma poesia da Cecília Meireles (Ou isto ou aquilo) que sempre me serviu de ilustração:
“Ou se tem chuva e não se tem sol, ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão, quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce, ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo… e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo, se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda qual é melhor: se é isto ou aquilo.”
Cecília Meireles
Vivemos a vida escolhendo o dia inteiro – essa é uma grande verdade! O que não nos damos conta é de que nossas escolhas repercutirão no presente e no futuro.
O texto de Mateus 6.24 nos oferece bons e suficientes indicadores para avaliarmos se estamos tentando servir a dois senhores ou a qual estamos preterindo ao outro. Os verbos odiar, amar, dedicar e desprezar devem sempre nos ajudar nessa avaliação. A quem nos dedicamos com verdadeiro afinco? Quem verdadeiramente amamos a ponto de nos entregarmos? Nossas habilidades, talentos, dons e bens estão a serviço de quem?
Caso você ainda não tenha conseguido entender o que é melhor – isto ou aquilo, Este ou aquele -, lhe digo que o melhor mesmo é amar a Deus de todo o nosso coração, com toda nossa força e todo o nosso entendimento.