No evangelho de João, a palavra VERDADE (grego: “aletheia”, de onde vem o nome Alícia/Alice) é utilizada 20 vezes. É o livro do Novo Testamento que mais a utiliza e, conforme se vê abaixo, João gostava muito do tema:

• Cristo habitou entre nós cheio de graça e de VERDADE (1.14) e a verdade veio por Jesus (1.17)
• Quem pratica a VERDADE se aproxima da luz (3.21), e o importante é adorar o Pai em espírito e em VERDADE (4.23 e 24)
• “Conhecerão a VERDADE, e a VERDADE os libertará” (8.32), ensinou o Mestre
• Satanás jamais se firmou na VERDADE porque nele não há VERDADE (8.44) e as pessoas não creem em Cristo porque Ele diz a VERDADE (8.45)
• “Eu sou o caminho, a VERDADE e a vida” (14.6)
• Ao falar do Espírito Santo, por três vezes fez questão de chamá-lo de Espírito da VERDADE (14.17, 15.26, 16.13)
• “Santifica-os na VERDADE: a tua palavra é a VERDADE” (17.17), foi a oração do Senhor por nós;
• Diante de Pilatos, quando questionado por este, Jesus resumiu sua missão: “eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da VERDADE. Todo aquele que é da VERDADE ouve a minha voz” (18.37)

A última referência do livro à verdade se encontra logo após essas palavras de Jesus. Perturbado com a responsabilidade que lhe era exigida e perdido nas vaidades da existência humana, Pilatos encerra o diálogo com Jesus com a triste pergunta: “o que é a VERDADE?” (18.38).

Ah, Pilatos, se você tivesse acompanhado com mais atenção a vida de Jesus, você saberia. Se você tivesse a mesma sensibilidade de sua mulher, você saberia (cf. Mateus 27.19). Pilatos, muitos há hoje como você: na descrença de que haja uma verdade, na relativização da verdade ou ainda na tentativa de desvendar o que é a verdade… Esquecem-se de ver QUEM é a VERDADE!

Pr. Bruno Ruggeri