Há 102 anos, no meio da 2ª Guerra Mundial, surgiu a gripe espanhola, que, segundo historiadores, chegou a ceifar a vida de mais de 50 milhões de pessoas no mundo inteiro. A pandemia espanhola chegou ao Brasil no segundo semestre de 1918, espalhando o terror por todos os lados e ceifando milhares de vida, inclusive do presidente Rodrigues Alves, reeleito para novo mandato. Ele morreu em janeiro de 1919, antes de tomar posse. As medidas tomadas foram semelhantes às de hoje: isolamento. Já neste século, tivemos a primeira pandemia da H1N1, começando em maio de 2009 e que também vitimou muitas pessoas. Agora, no final de 2019, surgiu a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, se transformando em uma pandemia que já tomou conta de quase todos os países. Ainda não há vacina que impeça a contaminação, razão pela qual, entre os principais cuidados, estão o isolamento social e o reforço na higiene pessoal.

Ao lembrar destas pandemias, eu desejo chamar a atenção para um outro vírus muito pior e de efeitos mais cruéis do que esta pandemia reinante. A contaminação do coronavírus, invisível a olho nu, dá-se pelo contato pessoal e pelo ar de um ambiente contaminado. Havendo isolamento não tem como propagar-se. Mas o pior vírus, o do pecado, foi transmitido por Satanás ao primeiro casal humano. Ao ler Gênesis 3, se toma conhecimento de como tudo aconteceu. Seguindo a orientação de Satanás, o homem e a mulher desobedeceram a Deus, pecaram e trouxeram consequências terríveis e funestas não só para a vida deles, como também dos seus descendentes, tornando a terra maldita (3.14 – 19). O gérmen (vírus) do pecado ficou instalado na alma humana, sem poder ser visto pelos olhos humanos, contudo sendo patente aos olhos divinos. A transmissão dá-se na hora da concepção. A princípio, a sua ação é lenta, mas à medida que a criança vai se desenvolvendo, a sua ação vai aparecendo, gradativamente. Por isso, a Bíblia diz: “pois não há ser humano algum que não peque” (I Reis 8.46); “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3.23); e “Porque o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23). O efeito devastador do vírus do pecado é retratado pela sociedade humana. O apóstolo Paulo faz um retrato vivo em Romanos 1.18 – 32.

Por que a pandemia do pecado é a mais terrível? Porque, por piores que sejam os efeitos das pandemias, elas só atingem a esfera da vida aqui na terra. Mas a do pecado traz consequências terríveis na vida terrena e determina como será a vida após a morte. A alma é imortal e, se o efeito do vírus do pecado não for resolvido, aqui na terra, ela irá padecer por toda a eternidade no inferno. Para vencer o vírus do pecado, só há uma indicação: Jesus Cristo, que veio para “esmagar a cabeça da serpente” com o seu precioso sangue derramado na Cruz do Calvário (I Pedro 1.18 – 21)

Pr. Miguel Horvath

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