“Moisés fez tudo conforme o Senhor lhe havia ordenado.” – Êxodo 40.16
O verso acima diz respeito a conclusão da construção do tabernáculo, que serviria para tornar conhecida a presença de Deus, o local onde Ele trataria com seu povo e tornaria conhecido o seu desejo (Êxodo 25.8, 21, 22). Podemos consultar as informações, as ordens e todos os detalhes lendo os capítulos 25 a 40 do Livro de Êxodo (incentivo a leitura). Depois de tantas informações e tantos detalhes, a construção é executada (Êxodo 36.8 | 38.1), e a glória do Senhor enche o tabernáculo (Êxodo 40.34). Sem dúvida nenhuma Deus tinha aprovado tudo.
Em tempos que os homens parecem trabalhar pelo mínimo, a expressão “Moisés fez tudo conforme o Senhor lhe havia ordenado”, me deixa admirado. Fico admirado porque tenho observado com certa frequência coisas como:
- Cônjuges que dedicam o mínimo de tempo um ao outro para que não haja reclamação
- Pais que dedicam o mínimo de tempo aos filhos para que os mesmos não se tornem viciados
- Trabalhadores que dedicam o mínimo de esforço para que não sejam mandados embora
- Alunos que se dedicam o mínimo estudando para obterem apenas a média a fim de não reprovarem
- Crentes que contribuem (com dons, talentos e finanças) apenas com o mínimo para que Deus não os puna (como se essa fosse a regra)
Temo que nossos relacionamentos com as coisas e as pessoas sejam pautados apenas pela busca de resultados – a não reclamação, o não vício, o não desemprego, a não reprovação, a não punição… Penso que, quando trabalhamos pelo mínimo, nos esquecemos que aqueles que recebem o nosso mínimo estão sempre no prejuízo, e quem trabalha pelo mínimo, recebe o mínimo.
Mas, qual é a medida de tempo, esforço, atenção, empenho, dedicação e doação que devemos aplicar para cada área e cada pessoa em nossa vida? A questão não é apenas de ordem quantitativa, mas, essencialmente qualitativa e, é claro e lógico, algumas coisas exigirão de nós quantidade para que haja qualidade. Isso é inegável, mas nem sempre é a regra.
Minha sugestão é que mudemos nossas ênfases, que a retiremos dos resultados e as coloquemos, prioritariamente, nas pessoas e nas atividades, reconhecendo, sabiamente, o que elas significam diante de Deus.
Que tal nos dedicarmos ao cônjuge por quem ele é? Que tal nos dedicarmos aos filhos porque eles nos foram confiados por Deus? Que tal nos dedicarmos ao trabalho porque é o meio que Deus nos deu para produzirmos e cuidarmos de tudo que Ele criou? Que tal nos dedicarmos aos estudos porque reflete a capacidade que nos foi dada? Que tal nos dedicarmos a Deus e à sua igreja porque Ele nos ama e é glorificado quando vivemos em comunhão?
Devemos reconhecer que tudo que temos vem diretamente das mãos de Deus. O cristão é chamado a viver uma vida de excelência diante de Deus e ao lado daqueles que Ele nos confiou.
Meu desejo é que 2015 seja para todos nós o ano do máximo para a glória de Deus.