Conheci um marceneiro que era habilidoso, possuía marcenaria própria, maquinário próprio, porém dois dedos pela metade. A explicação para a mutilação, segundo ele mesmo, foi o excesso de segurança. Ele já estava habituado a sempre fazer a mesma atividade, já não tinha mais medo, já não precisava mais prestar tanta atenção… Será?

Em nosso relacionamento com Deus, o perigo da falsa segurança também é real. Quando adoramos a Deus de forma automática, sem temor, sem atenção, sem o coração focado, é como se tivéssemos nossa alma mutilada naquele momento. A intenção é agradar o Senhor, mas o resultado é reprovação. Igualmente, quando acreditamos que já temos força suficiente para encarar qualquer tentação, por termos um passado rico com Cristo, corremos sério risco de ceder, pois a caminhada com o Senhor continua e precisamos nos manter ao lado do Pai todos os dias.

A Bíblia nos mostra que o povo que atravessou o Mar Vermelho a pé (Êxodo 14.10ss) foi o mesmo que, no mesmo ano, idolatrou o Bezerro de Ouro e se deixou levar pela imoralidade (Êxodo 32.1ss). Com isso, aprendemos que grandes experiências com Deus ontem não nos blindam para encarar o hoje. Todos os dias precisamos de fortalecimento.

O apóstolo Paulo nos lembrou desses acontecimentos em I Coríntios 10 e coroou seu raciocínio com a máxima:

“Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia.” – I Coríntios 10.12

Pr. Bruno Ruggeri

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