Aprendemos com Neemias que, para a realização de uma obra, precisamos de planejamento. Notemos, no entanto, que esse planejamento só deve ser feito depois de buscar a orientação do Senhor em oração. No capítulo 1, ele toma conhecimento da situação precária e da miséria que o povo judeu estava vivendo em Jerusalém depois da volta do cativeiro. Sua primeira ação foi de reconhecimento do porquê daquela situação. Depois, orou confessando o seu pecado e o do povo. Reconheceu que Deus agiu com justiça diante da rebeldia do povo. Intercedeu pelo povo e pediu a Deus que achasse graça diante do rei para que sua petição fosse atendida. Entre os capítulos 1 e 2, se passam quatro meses, momento em que Neemias comparece diante do rei Artaxerxes para cumprimento de sua função de copeiro do rei. Durante aquele período, ele não só orava e aguardava, como planejava para apresentar o pedido ao rei e esperar a concessão para tão audacioso empreendimento (Neemias 2.3 – 8). Apresentado o problema diante do rei (2.3), este indaga: “O que me pedes agora?”. Sua primeira ação foi fazer uma oração relâmpago ao Senhor para depois apresentar o pedido com o planejamento feito: ir a Jerusalém para reconstrução da cidade, levar cartas aos governadores para ter livre trânsito, carta para o guarda das matas para o fornecimento de madeira e oficiais do exército para segurança e credenciamento. Ao chegar a Jerusalém, agiu com cautela, fez o levantamento da situação, motivou o povo e os líderes locais quanto à necessidade da reconstrução dos muros da cidade. É relevante notar a consciência de Neemias de que tudo quanto estava sendo feito era pela graça e misericórdia do Senhor, a quem se devia dar toda a glória (“a boa mão do Senhor estava comigo”). Em nossa vida pessoal, familiar e na obra do Senhor, precisamos aplicar os princípios usados por Neemias para alcançarmos êxito: oração pela direção do Senhor, aguardar em oração o momento próprio de agir e, enquanto esperamos, fazer o planejamento sob a vontade de Deus (S. 37.3 – 7). E não esqueçamos de que, em todo o planejamento e execução, nunca devemos buscar a nossa própria glorificação. Tudo deve ser feito para o engrandecimento e louvor do Senhor, pois fomos criados por Deus para este fim: louvor e glória do Senhor (Efésios 1.6, 9).

Pr. Miguel Horvath

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