Neemias, em obediência aos ensinos bíblicos, promoveu algumas reformas narradas no capítulo 13. Para Neemias, assim como deve ser para cada um de nós, a obediência a Deus era inegociável. Tudo que Deus exigia do povo de Israel, e o que Ele exige de cada crente, deve ser observado. Ao confrontar o que estava escrito no “livro de Moisés e a maneira como o povo estava agindo e vivendo, Neemias viu, claramente, a desobediência do povo. São mencionadas cinco áreas que precisavam ser corrigidas.
Havia uma ordem de não relacionamento com os amonitas e os moabitas por razões históricas (tentativa de destruição dos israelitas; não socorreram com alimentos; e induziram os israelitas à prostituição e à idolatria – v.1 – 3). Não deviam unir-se com eles. Hoje, há a mesma ordem do Senhor para que não nos envolvamos com o mundo, com suas práticas, uma vez que devemos ser santos, como Deus é santo (Levíticos 20.7; I Pedro 2.9). Devemos banir qualquer manifestação mundana do seio da igreja e da vida de cada um de nós.
Neemias sentiu também o desrespeito que havia com a casa do Senhor (v.4 – 9). Isso deve levar em conta não apenas o templo material em que nos reunimos, mas, especialmente, como tratamos o santuário do Espírito Santo, que é o nosso corpo. Ele não deve ser usado para o pecado, mas para a glorificação do nome do Senhor (I Coríntios 6.19 e 20).
Ainda, Neemias viu a negligência na manutenção dos obreiros do Senhor (sacerdotes e levitas) e precisou tomar medidas para corrigir isso (v.10 – 14). É um alerta para o cuidado com os obreiros que se dedicam ao trabalho de Deus.
O quarto ponto notado por Neemias foi o desrespeito do dia do Senhor. O povo não estava sendo fiel no que prescrevia a Lei (v.15 -22). Ele tomou medidas corajosas para que o dia de descanso fosse obedecido. Esse é um aspecto que devemos rever em nossa vida: como estamos usando o dia do Senhor. Temos seis dias para fazer tudo o que necessitamos na vida material e um para nos dedicarmos às necessidades de nossa vida espiritual. Não há desculpas para que esse dia não seja consagrado às atividades espirituais, a não ser por força maior, como trabalho com escalas.
A última reforma foi reestabelecer os princípios do casamento ordenados por Deus (v.24 – 9). A razão da proibição do casamento com pessoas dos povos vizinhos era para evitar a idolatria e preservar a nação para cumprir o plano de redenção da humanidade. Hoje, o chamado casamento misto – com incrédulos – tem, de modo geral, mostrado o afastamento de servos fiéis de sua fé. O Novo Testamento desaprova o casamento com incrédulos (II Coríntios 6.14 – 18), mostrando a incompatibilidade de uma relação plenamente feliz com modos diferentes de fé.
Pr. Miguel Horvath