Em qualquer obra que estejamos realizando, é necessária, de tempos em tempos, uma reavaliação não só do que foi feito, mas também do que está projetado naquele empreendimento. Foi exatamente o que Neemias fez (Neemias 7.1 – 5). Ao concluir as obras da reconstrução das muralhas de Jerusalém, ele fez uma pausa a fim de avaliar o que já havia sido executado e preparar-se para a próxima etapa do seu plano. Restauradas as muralhas, era necessário restaurar o nacionalismo no coração do povo, bem como restaurar a vida espiritual do povo.
Para reacender a chama do nacionalismo israelita, constituiu uma liderança (equipe) confiável, responsável e capaz. Escolheu, então, um administrador para Jerusalém um homem que amava a nação, que era capacitado e íntegro: Hanani (Neemias 7.2), seu irmão carnal; um comandante para garantir a proteção da casa do governador e a segurança interna e externa da cidade: Hananias (Neemias 7.2). Constituída a equipe, definiu o papel de cada um e fez o treinamento necessário (Neemias 7.3 e 4).
Neemias sentiu a necessidade de fazer uma reavaliação da espiritualidade nacional. Após a volta do exílio babilônico, muitos não mantiveram pura a sua linhagem, misturando-se, pelo matrimônio, com os gentios. Por isso, Neemias sentiu o desejo de realizar um recenciamento para identificar a situação étnica dos moradores de Jerusalém e vizinhança (Neemias 7.5). Os verdadeiros israelitas foram identificados e os impuros étnicos, desqualificados (Neemias 7.6 – 68).
O projeto de restauração das muralhas e a restauração da espiritualidade do povo devem levar-nos a pensar, seriamente, na obra do Senhor. Tudo deve ser planejado e executado, primeiro, buscando a direção do Senhor. Não podemos ser desorganizados e nem realizar o trabalho do Senhor de qualquer maneira. Somos cidadãos do Reino Celestial. Devemos lutar e trabalhar para o seu desenvolvimento. Devemos ter um projeto de vida tal que, em todas as circunstâncias, através da nossa vida, trabalho e testemunho, novos súditos sejam acrescentados ao Reino de Deus.
Pr. Miguel Horvath