Iniciamos, hoje, o estudo do livro de Neemias. O templo já estava reconstruído, mas os muros de Jerusalém ainda estavam em ruínas. Hanani, irmão de Neemias, e alguns outros judeus foram de Jerusalém a Susã e relataram a triste situação dos que retornaram: “Aqueles que sobreviveram ao cativeiro e estão vivendo lá na província passam por grande privação e humilhação. Os muros de Jerusalém foram derrubados, e as portas da cidade queimadas” (Neemias 1.3). Além disso, os ricos exploravam os pobres e os mesmos pecados que levaram o povo ao cativeiro estavam sendo praticados mais uma vez. Neemias, ao tomar conhecimento da situação em que vivia o povo em Jerusalém, sentiu uma tristeza muito grande, lamentou por alguns dias e começou a jejuar e orar (Neemias 1.4 – 11). Esses fatos aconteceram no ano vigésimo do rei Artaxerxes. Neemias era, então, copeiro do rei. Depois de buscar a Deus em oração sincera, reconhecendo e confessando os seus pecados e os do povo, suplicou a graça e misericórdia de Deus. Essa deve ser a atitude de todos os líderes: conhecer a realidade do povo, suas preocupações, seus pecados e ir a Deus buscando sua direção e orientação. O líder não pode ser indiferente para com a vida dos liderados. Sua função é orientar, mas depois de ter apresentado tudo a Deus em oração. Todos nós precisamos ter uma vida de oração, mas o líder, pela responsabilidade que pesa sobre si, precisa ter uma vida de oração mais intensa. Neemias, em sua oração, demostrou ter conhecimento da necessidade do povo; reconheceu que Deus é misericordioso, mas também é justo; mostrou conhecimento das Escrituras; confessou os pecados, confiou nas promessas divinas e colocou-se, humildemente, diante de Deus para que, como servo, pudesse ser usado por Deus para alcançar a solução para necessidade que se apresentou. A oração feita por Neemias deve animar a todos nós, líderes e liderados, a tomar decisões e agir somente depois de termos estado na presença do Senhor em oração ou após um período de orações.
Pr. Miguel Horvath