Nessa semana, li que um motorista de ônibus fez um gesto louvável em São Carlos. Geraldo Casalli levava, dentre seus passageiros, quinze estudantes que fariam o ENEM. Ao perceber que o horário de fechamento dos portões estava próximo, ele decidiu “esticar” o trajeto, a fim de deixar os estudantes na porta do local de prova. Os jovens pularam dentro do ônibus, comemorando por terem chegado a tempo, e a própria empresa não recriminou a atitude de Geraldo, já que a rota foi alterada em apenas três quarteirões e o retorno não foi prejudicado.
Temos um exemplo de alguém que foi capaz de olhar para o outro, arriscando inclusive seu próprio bem. Uma das estudantes escreveu no Facebook: “[…] queria dizer que nesse mundo tão desumano, encontrar pessoas como ele, que fazem o bem pelo ser humano sem obrigação nenhuma, enche a gente de esperança. Muito obrigada de verdade!”.
Muitos clamam para que o mundo seja transformado, mas ele é muito grande, possui muitos habitantes, muita maldade. É uma tarefa e tanto! Pessoalmente, não sinto que tenho condições de transformar o mundo; mas me sinto plenamente capaz de transformar o meu mundo, isto é, onde piso os meus pés, onde coloco minhas mãos, onde exerço alguma influência. Os ensinos de Jesus devem morar comigo em minha casa; a postura de Jesus deve ser a minha em meu trabalho ou em meus estudos, fazendo bem feito o que Deus me põe para fazer e cuidando para que as pessoas tenham mais importância do que os lucros ou os resultados; a presença de Jesus deve permear minhas amizades e meu lazer, ensinando-me que devo tratar os outros dignamente. Assim, vivendo intensamente o evangelho, cumprirei Filipenses 2.4 e 5:
“Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus”.
Pr. Bruno Ruggeri