Após apresentar, nos dois primeiros capítulos, assuntos relacionados à doutrina, Paulo passou aos aspectos práticos da verdadeira vida cristã. Depois de combater o perigo que ameaçava os crentes de Colossos, lembrou-lhes de que Jesus Cristo é vida que, quando flui do coração dos homens, os leva a triunfar sobre o pecado.

Se fomos ressuscitados com Cristo, forçosamente precisamos ter uma vida nova. Segundo o apóstolo Paulo, o fato de termos sido ressuscitados com Cristo deve nos levar “a buscar as coisas de cima, onde Cristo está assentado à direita de Deus, e pensar nas coisas de cima e não nas que são da terra” (Colossenses 3.1 e 2). Isso implica numa mudança de vida, contrariando as tendências que a sociedade apresenta. Também significa ter sempre em mente a oração de Cristo, registrada em João 17.15 – 17: “Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. Eles não são do mundo, assim como eu também não sou. Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade”. Ou seja, estar no mundo sem aceitar e comungar com as coisas deste mundo corrompido. Esse novo modo de vida deve nos diferenciar no meio da sociedade secular.

As realidades espirituais devem estar sempre bem presentes em nossa vida. O alvo principal de nossa vida deve ser a fidelidade a Cristo. Isso implica na eliminação das nossas inclinações carnais – todos os pecados relacionados ao sexo; toda a imoralidade, incluindo a intenção do coração (Mateus 5. 22, 28; I Tessalonicenses 4.5); a avareza (Tiago 4.2; I Timóteo 6.10). Além disto, há a necessidade de despojar-nos da ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena e a mentira.

O aspecto positivo da nova vida se manifesta no progresso espiritual. A regeneração é um ato. No momento em que cremos em Cristo, somos regenerados e justificados por Deus e recebemos uma nova natureza: a espiritual. Só que a velha natureza não morre (Romanos 7.24). Começa, então, o processo da santificação, em que a velha natureza deve ser vencida, para a predominância da natureza espiritual. Para isso, temos o Espírito Santo habitando em nós, mas Ele só agirá de acordo com o nosso querer. Na nova vida, deve haver a renovação completa, paulatinamente. As velhas coisas devem ser deixadas e, em seu lugar, prevalecer o novo homem em Cristo.

Pr. Miguel Horvath

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