Essa foi a admoestação que os apóstolos receberam, quando quiseram afastar de Cristo as crianças que os pais Lhe traziam. Era uma espécie de rito: conduzir os filhos à presença de rabinos para que eles os abençoassem. Foi o que aprenderam de Cristo.
Os discípulos, porém, acharam que Jesus tinha mais o que fazer. O seu tempo era precioso demais para que o pudesse gastar com pieguices. Se as crianças estivessem doentes, vá lá que Ele lhes impusesse as mãos, como costumava fazer com todos os enfermos. Mas aqueles pirralhos tinham saúde até demais! Cristo, contudo, pensava de outro modo, tanto que recebeu os seus pequenos admiradores com demonstração de carinho, chegando a tomá-los nos braços, pormenor em que Marcos prestou atenção. (10.16).
Há muita gente que procede como os apóstolos, achando que criança não entende de religião e que, portanto, deve crescer primeiro para depois tratar do assunto. Esse é um erro grosseiro. É claro que não estamos nos referindo agora a criancinhas, mas a crianças com suficiente dose de entendimento para saber o que fazem. Elas devem ser estimuladas, por todos os meios possíveis, a aceitar a Cristo. Nesse sentido, a igreja deve cercá-lo de atenções especiais. É o que faz a Igreja Batista de Vila Mariana. Tão grande é o nosso interesse pela salvação das crianças que lhes oferecemos cultos especiais, nos domingos, tanto de manhã como à noite.
Conservá-las no santuário, sem que elas possam participar do culto, é submetê-las a um suplício de consequências imprevisíveis para a sua vida espiritual. Observem, durante o culto matutino de hoje, no santuário, como as crianças gostam de ouvir a pregação na sua própria linguagem! Mas não podemos ter cultos para crianças, todos os domingos no santuário, porque em outros recintos do templo temo-los dominicalmente, de manhã e à noite.
Que todos os pais meditem nisto, para que não precisem aprender a dura lição: “Não os impeçais”.