Em nosso estudo sobre Relacionamentos Autênticos, consideraremos um aspecto muito importante em qualquer tipo de relacionamento: a lealdade. Lealdade é agir com verdade, sendo coerente com o que acredita ser o certo. Para ser leal, é preciso lembrar-se da Lei Áurea (Mateus 7.12). Se esperamos a lealdade para conosco, precisamos ser leais com o nosso semelhante: na amizade, no amor, no trabalho, na di­versão, enfim em todos os nossos relacionamentos.

O apóstolo Paulo li Timótio 3.1 – 5, profetizando sobre a corrup­ção dos últimos tempos, descreveu quais seriam as característi­cas dominantes dos homens: “amantes de si mesmos, ganancio­sos, arrogantes, presunçosos, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, incapazes de perdoar, caluniadores, descontrolados, cruéis. Mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus”. Já vemos essas características em muitos em nossa sociedade pós-moderna. É por essa razão que não há lealdade verdadeira. A lealdade não existe enquanto há interesse em vantagens pessoais. Sem o altruísmo, não pode haver lealdade verdadeira. A nossa lealdade pode, às vezes, exigir sacrifícios pessoais, algumas perdas, como vemos no caso da amizade de Jônatas e Davi. A lealdade de Jônatas a Davi custou seu futuro como sucessor do rei Saul. A sua lealdade a Davi estava acima de tudo, inclusive enfrentado a fúria do pró­prio pai, rei Saul (1 Samuel 19.1 – 7; 20.30 – 34; 23.16 – 18).

No livro de Rute, temos outro exemplo de lealdade verdadeira. Ela foi casada com um dos filhos de Noemi. Com a morte do seu esposo, bem como do esposo de Orfa, Noemi, que já era viúva, ficou sem ninguém, a não ser as ex-noras. Resolveu voltar para Israel e, querendo o melhor para elas, insistiu que voltassem para a casa de seus pais e encontrassem novo casamento. Rute fez uma declaração sublime de sua lealdade à sua sogra Noemi (Rute 1.16 e 17). Ela a acompanharia até a morte. Enfrentaria tudo ao lado de Noemi.

A lealdade deve ser mais forte que laços de sangue, laços cultu­rais e mesmo mais fortes que interesses e satisfações pessoais.

Jesus é o melhor exemplo de lealdade para com o homem peca­dor. Sujeitou-se a tudo ao vir ao mundo para nos salvar. A sua le­aldade o levou a ser crucificado, com sofrimentos físicos e espiri­tuais, ao tomar o nosso lugar na cruz do Calvário para que pu­déssemos ser salvos.

Pr. Miguel Horvath

Receive the latest news in your email
Table of content
Related articles