O texto de Efésios 4.22-25, 28 e 29 tem sido alvo de debate e bastante polêmica. Nele, o apóstolo Paulo afirma que a mulher deve ser submissa ao marido e este, por sua vez, deve amar a esposa como se fosse o seu próprio corpo.

Vejamos o que é dito às mulheres: “Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor, pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos.”

Agora, notemos as diretrizes dadas aos maridos: “Maridos, ame cada um a sua mulher, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela. Da mesma forma, os maridos devem amar cada um a sua mulher como a seu próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo. Além do mais, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja.”

O segredo para o correto entendimento desses versículos é observar a analogia feita entre o relacionamento de Cristo com a igreja e o do marido com a mulher. Cristo, para o bem da igreja, abriu mão de sua própria vida, o que indica que, de semelhante modo, o marido deve abrir mão de sua vontade e até de suas necessidades para dedicar-se ao bem da esposa. Cuidar da mulher como se fosse seu “próprio corpo” implica em fazer a ela o que faria a si mesmo e querer para ela o que quer a si mesmo. É não fazer a ela o que não faria a si mesmo e não querer para ela o que não quer a si mesmo. É abrir mão de si e dar à esposa o primeiro lugar no relacionamento. Assim, ser o líder do lar não dá ao marido o direito de autoritarismo e nem de individualismo, mas o convoca à abnegação e à entrega, como na relação de Cristo com a igreja.

Com a analogia também se aprende que, da mesma forma que a igreja segue a liderança de Cristo, a mulher deve seguir a liderança amorosa e abnegada do marido. Na verdade, quando o homem “entrega-se em favor da amada”, expressa uma devoção maior ou igual à submissão exigida da mulher. Portanto, aceitar e respeitar a liderança do marido não reduz o valor da mulher, nem joga para segundo plano sua vontade e necessidades, mas a coloca sob proteção e cuidado amoroso.

Seguir esses princípios fortalece o casamento, traz maior segurança aos filhos e revela corações prontos a obedecerem ao Criador e à ordem da criação.

Pr. Adarlei Martins

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