Hoje, depois de ouvir os conselhos dos amigos de Jó, vamos começar a comentar as respostas de Jó, procurando entender um pouco a sua angústia diante das acusações e das “soluções” rápidas que lhe foram apresentadas. Com isso, desejamos aprender a lidar com os que sofrem injustamente, a compadecer-nos dos que estão passando por grandes lutas e sofrimento e a preparar-nos para agir de forma adequada com eles, orando com e por eles e apresentando o amor de Cristo com palavras e mensagens de conforto.
Não sendo possível, num breve estudo, mostrar todas as reações de Jó aos discursos acusadores dos seus amigos, destacaremos os principais argumentos e queixas de Jó.
Diante das acusações, eis algumas queixas de Jó: “Ao aflito deve o amigo mostrar compaixão” (6.14); “eu tenho entendimento como vós; eu não vos sou inferior (12.3); “vós sois molestos consoladores ” (16.2); “Como, pois, me consolais em vão? Das vossas respostas só resta falsidade” (21.34). Esses eram os desabafos de Jó diante da insistência dos amigos de que ele era um grande pecador. Jó, mesmo sem compreender a sua situação de sofrimento, mantinha sua fé em Deus e o buscava.
O questionamento de Jó vinha por não entender a causa do seu sofrimento e da insistência de seus amigos de que tudo era resultado do seu pecado. Ele deixou claro que não entendia tudo, mas sabia que havia ímpios que prosperavam. Por isso, os seus amigos estavam errados (21. 34). E que ele (Jó) não seguiria o caminho dos ímpios, mesmo que eles prosperassem (21.16). Jó terminou seu discurso afirmando que a justiça de Deus seria feita apesar de todas as aparências ao contrário.
Em suas respostas, Jó vacilou entre a fé e a dúvida, numa forte luta espiritual interior. Os amigos que foram levar-lhe consolo, acabaram, de fato, provocando-o a se aprofundar no conhecimento de Deus e de si mesmo. Com isso, nós aprendemos que devemos procurar conhecer a nós mesmos e a conhecer melhor a Deus para adquirir a verdadeira sabedoria. O melhor caminho para alcançar essa sabedoria encontra-se na Bíblia. Ela deve ser mais lida, mais meditada e mais aplicada em nossa vida. Com essa sabedoria adquirida, teremos mais facilidade em lidar com todos os nossos problemas e estaremos mais aptos a ajudar os outros.
Pr. Miguel Horvath