A referência do título “Imposto ou ato de culto” é em relação ao dízimo e às ofertas, em geral. “Imposto” pode ser entendido em dois sentidos: ou algo que nos é colocado como obrigação ou como o tributo que devemos ao governo. O dízimo não está incluído em nenhum desses sentidos. É algo voluntário, uma expressão de reconhecimento e gratidão a Deus pelo que Ele é e pelo que proporciona a cada um de nós. Deve ser um ato de louvor ao Senhor.

A primeira referência que temos do dízimo data de mais de 4 mil anos (Gênesis 14. 20): “Abraão deu-lhe o dízimo de tudo”, isto é ao sacerdote Melquisedeque. Foi um ato voluntário, espontâneo e de culto a Deus. Pelo texto, ficamos sabendo que a prática do dízimo já vinha sendo feita naquele tempo. O neto de Abraão (Jacó), quando fugia de seu irmão, logo após o sonho que teve da escada em que os anjos subiam e desciam do céu, prometeu, voluntariamente, a Deus que lhe daria o dízimo de tudo que viesse a ganhar (Gênesis 28. 22). A Lei que veio seis séculos depois, incorporou o ato entre os mandamentos. Jesus e os apóstolos confirmaram a prática do dízimo (Mateus 23. 23; Lucas 11. 43; I Coríntios. 16. 2).

Precisamos compreender que o ato mais importante na vida é o nosso relacionamento com Deus e a obediência aos seus ensinos. Devemos ser fiéis na entrega dos nossos dízimos, mas só isso não basta. É preciso amar ao Senhor acima de tudo e viver, continuamente, de acordo com seus ensinos e sua vontade. Jesus censurou os escribas e fariseus não porque não fossem dizimistas, mas porque, apesar de serem meticulosos nessa prática, viviam em desobediência a outros pontos da lei, como o juízo, a misericórdia e a fé.

Jesus ensinou, como revelado por Paulo, que “mais bem-aventurado é dar do que receber” (Atos 20. 35b). Agradeçamos a Deus pelo privilégio e oportunidade que Ele nos dá em podermos contribuir com a Sua obra com os nossos dízimos e ofertas. O fato de depositarmos nossos dízimos e ofertas nas salvas ou nos gazofilácios é um ato de culto a Deus, expressando que tudo devemos a Ele e tudo que temos é dele e, mesmo assim, Ele aceita com alegria esta devolução que fazemos. É também expressão de fé de que, como Ele nos tem dado o necessário para a nossa vida, continuará a suprir daqui para frente.

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