Você já teve a sensação que os ímpios “se dão melhor” que os justos?
O autor do Salmo 73 – salmo escrito há mais de 2.500 anos – já teve essa sensação. Portanto, não se sinta sozinho nessa. Acompanhe a crise dele e veja se você se identifica.
- Como o salmista enxergava os ímpios? – “Tive inveja dos arrogantes quando vi a prosperidade desses ímpios” (v.3); “Eles não passam por sofrimento e têm o corpo saudável e forte.” (v.4); “Estão livres dos fardos de todos; não são atingidos por doenças como os outros homens.” (v.5); “Assim são os ímpios; sempre despreocupados, aumentam suas riquezas.” (v.12)
- Como o salmista enxergava a justiça de Deus? – “Eles [os ímpios] dizem: ‘Como saberá Deus? Terá conhecimento o Altíssimo?’” (v.11); “Certamente foi-me inútil manter puro o coração e lavar as mãos na inocência, pois o dia inteiro sou afligido, e todas as manhãs sou castigado.” (vs.13-14)
- Como a perspectiva do salmista mudou? – “Até que entrei no santuário de Deus, e então compreendi o destino dos ímpios.” (v.17); “[os ímpios] são como um sonho que se vai quando a gente acorda; quando te levantares, Senhor, tu os farás desaparecer.” (v.20); “Quando o meu coração estava amargurado e no íntimo eu sentia inveja, agi como insensato e ignorante; minha atitude para contigo era a de um animal irracional.” (vs.21-22); “O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre.” (v.26)
Conclusão: Quando focamos apenas naquilo que é terreno, naquilo que nossos olhos veem, sucumbimos à tentação de achar que não vale a pena ser fiel ao Senhor. Quando, porém, focamos naquilo que é celestial, naquilo que nossos olhos não veem, percebemos, pela fé, que a justiça de Deus prevalecerá e toda impunidade sumirá. Vale a pena investir no Reino que ainda não vemos em plenitude. O salmista começa afirmando que seus pés estão prestes a escorregar (v.2), mas após refletir em Deus, termina certo de que os ímpios, sim, escorregarão (v.18).
Amplie sua perspectiva de vida, erga sua cabeça e creia como o salmista: “Mas, para mim, bom é estar perto de Deus; fiz do Soberano Senhor o meu refúgio; proclamarei todos os teus feitos.” (v.28)