Você já teve que usar uma roupa emprestada e, ao usá-la, você percebeu que a mesma estava apertada, larga, curta ou comprida de mais? Ou após vestido, notou que a roupa não era exatamente aquela que faz o seu estilo?

Davi passou por essa experiência ao usar a armadura de Saul, não porque tivesse a necessidade, mas porque Saul o vestiu. Então Saul vestiu Davi com sua própria túnica. Colocou-lhe uma armadura e um capacete de bronze na cabeça. Davi prendeu sua espada sobre a túnica e tentou andar, pois não estava acostumado àquilo. E disse a Saul: “Não consigo andar com isto, pois não estou acostumado”. Assim, tirou tudo. (I Samuel 17.38 e 39).

Essa não é uma pastoral que trata de moda, roupas ou estilo pessoal, mas a que chama nossa atenção para o nosso desejo de nos vestirmos ou de nos deixarmos vestir com as ideias, pensamentos, jeito, expressões e atitudes da moda caída. Geralmente, essas roupas não caem bem, apertam ou são largas de mais, mas, à medida que continuamos a usá-las, elas vão nos identificando.

Davi, ao usar a armadura de Saul, rapidamente percebeu que não conseguiria andar, certamente porque a armadura não era do seu número. Mas o texto informa que Davi não estava acostumado com aquilo, nunca tinha usado aquilo. Sua atitude foi tirar tudo, não para ficar sem nada, mas para voltar a usar aquilo que lhe era comum, aquilo que lhe dava agilidade, liberdade.

No Novo Testamento, encontramos Paulo ensinando a igreja de Éfeso a trocar de roupa:

“Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade.” – Efésios 4.22-24

Essa mudança de roupa ordenada pelo Apóstolo torna àqueles que a usam semelhantes a Deus e seu filho Jesus Cristo. Ao mesmo tempo, esse estilo de roupagem nos oferece identificação, agilidade e liberdade, não porque são roupas largas, mas porque são roupas do tamanho certo, feitas por aquele que nos fez e quer nos ver bem.

Que juntos em Cristo, usemos a mesma marca de roupa, justiça e santidade provenientes da verdade.

Pr. Denis Araujo

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