Fomos chamados por Cristo para liberdade – liberdade de consciência orientada pelo Espírito Santo que habita em nós, e não para a licenciosidade. Mas como viver de modo agradável a Deus num mundo como o nosso? Paulo dá como resposta: “andai pelo Espírito e nunca satisfareis os desejos da carne” (5.16).

Ser um crente carnal ou espiritual depende de quem for colocado no comando de nossa vida. Se for o Senhor, a vitória da natureza espiritual é certa, pois Deus deixou tudo o que é necessário para que a natureza carnal seja subjugada: Ele fez habitar em nós o Seu Espírito; deixou a Bíblia (fonte de todas as instruções para uma vida vitoriosa); estabeleceu um canal de comunicação permanente com Ele (a oração); fundou as agências do Seu Reino (as igrejas – ambientes propícios para o desenvolvimento e fortalecimento da vida cristã); providenciou os mensageiros humanos, vocacionados por Ele e revestidos do Seu poder (pastores e pregadores) e instituiu um ambiente propício para o nosso desenvolvimento (a família cristã, conforme os princípios bíblicos).

Quando somos guiados pelo Espírito, não estamos debaixo da lei (5.2). Se não andarmos sob a orientação do Espírito, acabaremos andando segundo a carne. As obras da carne são descritas pelo apóstolo Paulo doversículos 19 ao 21 do capítulo em estudo, envolvendo a área do sexo (imoralidade, impureza, indecência ou lascívia); a área da religião (idolatria, feitiçarias); a área social (inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, divisão, invejas) e a área da alimentação (bebedeiras e glutonaria). Quem se deixar dominar por essas obras da carne corre o grande perigo de não herdar o reino de Deus (5.21f)

O crente fiel ao Senhor, sabiamente, faz a escolha de ser guiado pelo Espírito para que tenha o domínio sobre as obras da carne. Isso não quer dizer que será perfeito e não estará mais sujeito a cair em algum pecado, pois a velha natureza permanecerá em nós até que partamos para a eternidade, mas ela estará subjugada.

Pr. Miguel Horvath