O livro de Gênesis, como o próprio nome sugere, é o livro dos começos, das origens. O 1º capítulo apresenta a visão panorâmica de toda a criação, inclusive a criação do homem (1. 25 – 29), e o 2º, a partir do v. 4, a descrição detalhada da criação do homem. No 1º capítulo, Deus revela que criaria o homem à sua imagem e semelhança (v. 26 e 27), imagem esta não física, pois, Deus é espírito (João 4. 24), mas dotado de inteligência, personalidade, emoções, vontade, livre arbítrio e habilidade de manter comunhão com o Seu Criador.
Na descrição mais detalhada da criação do ser humano, ficamos sabendo que Deus criou primeiro o homem. A matéria básica foi o pó da terra. O corpo humano foi formado da terra. Depois Deus soprou nas narinas daquele corpo o “fôlego da vida”, o que o tornou um ser vivente. Só o ser humano recebeu o “fôlego da vida”. Por esta razão, nós somos os únicos seres racionais e dotados de corpo e espírito ou alma.
Também ficamos sabendo que só Adão foi criado do pó da terra. Ao ser criado, foi colocado no Jardim do Éden, previamente preparado por Deus. Adão vivia sozinho no Jardim do Éden, mantendo comunhão permanente com Deus. Ele cuidava do Jardim e dava nome a todas as coisas. Deus viu que não era bom que o homem estivesse só (2. 18). Para completar a criação do ser humano, formou a mulher de uma das costelas de Adão. Depois que Adão acordou, Deus apresentou-lhe Eva e realizou o primeiro casamento. Estava formada a família, como primeira instituição divina, com a qual formaria a humanidade inteira.
A família formada por Deus deveria ser monogâmica. Malaquias argumenta por que Deus fez apenas uma mulher para Adão. Ele poderia ter feito várias (Malaquias 2. 15). Essa família também era heterossexual, pois visava a multiplicação da espécie humana. Esses laços familiares seriam indissolúveis, “de modo que já não são dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem (Mateus 19.6).
Pr. Miguel Horvath