Um personagem bíblico emblemático no que diz respeito à fé é o pai do menino cujo demônio os discípulos não conseguiram expulsar. Ao se ver instigado por Jesus, ele exclamou emocionado:
“Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!”. (Marcos 9.24)
É assim, paradoxal, que me sinto tantas vezes. Creio, mas não creio. Um pé na fé, o outro na incredulidade; uma ponta da rédea nas mãos de Deus, a outra em minhas mãos; um olho fechado descansando em Deus, o outro aberto tentando tomar nota de tudo. O importante, porém, é que, nessa oscilação de sentimentos, o “creio!” fale mais alto. E que sempre haja em nós humildade suficiente para – assim como este pai desesperado – contarmos para o Senhor a fraqueza de nosso coração.
Tomé é muito lembrado por ter duvidado da ressurreição do Senhor, mas foi ele que, logo em seguida, proferiu uma das confissões de fé mais lindas: “Senhor meu e Deus meu”. (João 20.28)
Páscoa é ressurreição! É reconhecimento de que somos tão fracos que Jesus teve que morrer por nós. É fé em Cristo, mesmo em meio a nossas angústias.
Que Jesus resplandeça em nosso coração como naquela manhã de domingo!
Pr. Bruno Ruggeri