Considera-se a infância como a primeira idade, a fase adulta como a segunda idade e a velhice como a terceira idade. Há quem chame essa última de “a melhor idade”. Fato é que nem sempre isso é verdade. Nem todos chegam a essa fase com a saúde necessária, com a provisão que deveriam ter feito para o futuro, com a sabedoria esperada nos relacionamentos familiares, entre outras esperanças.
Devemos também lembrar de que há a lei da semeadura: colhemos o que plantamos (Gálatas 6.7). Precisamos plantar, durante toda a nossa vida, boas relações e procedimentos sábios que, mais tarde, trarão frutos benéficos. Enquanto somos mais jovens, devemos fazer os preparativos para o futuro. Na questão dos relacionamentos, precisamos ser leais e bondosos com todos, a partir do nosso lar, cuidando e tratando bem aos nossos pais, irmãos, tios, primos… Ao casarmos, devemos ter o mesmo cuidado com os familiares do nosso cônjuge. Chegando à “terceira idade”, é preciso ter sabedoria no relacionamento com as famílias de nossos filhos e, depois, no nosso trato com os netos. Agindo assim, certamente, colheremos os frutos dos nossos bons relacionamentos anteriores.
A sabedoria também é importante no casamento, no viver e conviver com o cônjuge. Os filhos, como herança do Senhor, ainda que devam ser amados, não devem tomar o lugar do nosso cônjuge. Os filhos vêm, crescem e “voam”. Nosso cônjuge ficará até que a morte nos separe. Por isso, é necessário dedicar todo o cuidado ao nosso relacionamento conjugal, com amor, integralidade e fidelidade. O casal idoso, que se amou desde a juventude, sentirá a profundidade e a solidez desse relacionamento. Haverá um sentimento de mutualidade entre o casal. Os cônjuges idosos, pelos relacionamentos anteriores, parecem-se um com o outro, e haverá satisfação plena só com a companhia um do outro.
Como crentes em Cristo Jesus, podemos confiar no Senhor, sabendo que Ele cuidará de nós também na “terceira idade”. Em Isaías 46.4, lemos como Deus dá proteção, sustento, consolo e alegria para aqueles que O buscam desde cedo. Deus, em quem cremos, garante: “Até à vossa velhice, eu serei o mesmo e, ainda até às cãs, eu vos carregarei; já o tenho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vos-ei e vos salvarei”. Vale a pena ler também Salmos 37.25 para ver como Senhor ampara aos justos.
Portanto, lembremo-nos da lei da semeadura e ajamos com sabedoria, desde cedo, em todas as nossas ações e relacionamentos.
Pr. Miguel Horvath