No último capítulo de Jó, temos o resultado do teste a que ele foi submetido, por permissão de Deus, para provar ao inimigo que a sua fidelidade ao Senhor era, de fato, real. Não era por causa de bênçãos recebidas ou da saúde que Deus lhe dava. Ele cria em Deus e o servia com integridade de vida, desviando-se do mal. Apesar de não entender o porquê de todos os sofrimentos, dos seus questionamentos, das acusações dos três amigos, Jó, em momento algum, deixou transparecer a falta de fé em Deus.

Depois de ouvir a resposta de Deus (cap. 38 – 41), reconheceu a grandeza e soberania de Deus, Criador e Mantenedor de tudo que há no Universo, cujos juízos são insondáveis e, seus caminhos, inescrutáveis. Ele rendeu-se, humildemente, e se mostrou arrependido pelos questionamentos feitos. Reconhe­ceuq a soberania de Deus, que tudo pode e que nenhum dos seus planos pode ser impedido. Reconheceu que falou do que não entendia, coisas maravilhosas demais que não compreen­dia. Com esta experiência extraordinária, Jó teve a sua fé for­talecida por conhecer Deus pessoalmente. O Deus que ele seguia pela fé, agora sentia a sua presença real (Jó 42.1 – 6).

Depois, Deus falou aos três amigos de Jó (42.7 e 8). Repreen­deu-os e aprovou a Jó. Eles precisavam reconhecer que a teo­logia que apresentavam, apesar de ser correta, estava muito li­mitada, pois toda a lógica humana não pode explicar a profun­didade da riqueza, da sabedoria e do conhecimento de Deus (Romanos 11. 33). Para ter o perdão divino, eles precisavam, reconhecer seus erros e irem ter com Jó, servo do Senhor, que oraria por eles e Deus os perdoaria. Eles, humildemente, foram ter com Jó para pedir-lhe que orasse por eles (42.9). E Deus aceitou a oração de Jó.
Após Jó orar pelos três amigos, o Senhor o curou e o abençoou, dando-lhe o dobro de tudo quanto tinha antes e outros dez filhos (42.12 e 13). Acrescentou mais 140 anos de vida, dando-lhe o privilégio de ver a sua descendência até a quarta geração.

O livro de Jó encoraja-nos a confiar em Deus plenamente, em qualquer circunstância. Ele estará presente mesmo na dor e nos infortúnios, assim como na alegria e na prosperidade. Ele sabe o que é melhor para a nossa vida. Ainda que não com­preendamos tudo, podemos confiar que Ele nunca falhará.

Pr. Miguel Horvath

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