O texto de hoje chama a nossa atenção e nos adverte sobre as astúcias dos anticristos. Ainda nos dias do apóstolo João, os anticristos já atuavam. A palavra anticristo tem origem grega e significa “contra Cristo” (I João 2.18,22; 4.3; II João 7). A ideia do anticristo se relaciona com “o homem da iniquidade” (II Tessalonicenses 2.3, 7, 8) e com as “bestas”. Os anticristos atuam no mundo desde os tempos apostólicos até os dias de hoje, mas “o homem da iniquidade” ainda está por vir. Os anticristos são seus agentes, portanto, inimigos de Cristo e de nós, servos do Senhor.
Precisamos saiber que eles estão presentes nas mais diversas formas, procurando iludir os homens com suas falácias. O apóstolo declara que todo aquele que nega que Jesus é o Cristo é mentiroso e se porta como um anticristo. É preciso conhecer a verdade para enfrentar este inimigo. Para isso, temos a revelação completa de Deus nas páginas da Bíblia e, como salvos em Cristo, temos a unção e o poder do Espírito Santo, que habita em nós.
O inimigo é espiritual, e nós só podemos vencê-lo com armas espirituais. O apóstolo Paulo afirma que precisamos usar a armadura de Deus (Efésios 6.10 – 18) para enfrentar e vencer o inimigo.
A base da fé cristã é a pessoa de Jesus Cristo, o Messias sofredor, mas também triunfante e glorioso, que veio em forma humana, morreu pelos nossos pecados, ressuscitou ao terceiro dia e acendeu ao céu para assentar-se à direita de Deus Pai, mas que sempre permanece conosco, por meio do Espírito Santo.
Qual o segredo da vitória sobre o inimigo (os anticristos)?
1) Caminhar e perseverar na doutrina bíblica que recebemos e aceitamos como verdadeira. O apóstolo Paulo nos exorta a “permanecermos firmes naquilo que aprendemos e de que fomos inteirados, sabendo de quem o temos aprendido, e sabendo que as Sagradas Letras são inspiradas e proveitosas para ensinar, para repreender, para corrigir e para instruir em justiça” (II Timóteo 3.14-16).
2) A ação do Espírito Santo em nós, quando estamos submissos a Ele e na obediência aos ensinos bíblicos. Ele nos capacita a distinguirmos a verdade e o erro doutrinário (João 4.26; I João 4.1-4 ).
3) Deixar que nossa vida seja enraizada em Cristo. Quando a nossa fé está firmada tão somente em Cristo, temos segurança e firmeza na fé. Não correremos atrás de novidades e “seremos inconstantes como crianças, levados ao redor por todo o vento de doutrina pela mentira dos homens, pela astúcia na invenção do erro” (Efésios 4.14).
Sabemos, como o apóstolo diz, que nem todos que estão conosco são nossos (I João 2.19). Os que são verdadeiramente de Cristo permanecem firmes na fé até o fim.
Pr. Miguel Horvath