Com a entrada do divórcio na legislação brasileira, a taxa de divórcios tem crescido de um modo assustador. Entre 1984 e 2011, este número aumentou quase 300% (de 30.840 a 350 mil). No início, o problema pouco afetou as igrejas evangélicas, mas, com o passar do tempo, o número de divórcios entre os crentes tem crescido muito. Por esta razão, há a necessidade de analisar o casamento e o divórcio à luz da Bíblia. O crente fiel deve assumir a aliança do casamento como indissolúvel.

Deus, ao instituir o casamento, o fez indissolúvel: até que a morte faça a separação, pois, os dois tornam-se uma só carne (Gênesis 2.24). A regulamentação do casamento no Velho Testamento está na Lei de Moisés, isto é, na lei que Deus deu aos israelitas por meio de Moisés. Quando Jesus foi interrogado pelos fariseus a respeito do divórcio, sua resposta cita o primeiro casamento, relembrando que os noivos, ao se unirem, tornam-se uma só carne. Portanto, não deve haver separação (Mateus 19.3 -9). A única exceção admitida era “relação sexual ilícita”.

Jesus disse que Moisés permitiu o divórcio por causa da dureza do coração dos israelitas. Moisés não ordenou o divórcio, mas regulamentou uma prática que já havia entre os judeus. Na regulamentação, Moisés visou proteger à mulher. O que temos no Velho Testamento não é aprovação do divórcio, mas uma permissão. Malaquias mostra o sentimento de Deus diante desta prática: “Porque o Senhor Deus de Israel diz que aborrece o repúdio.” (Malaquias 2. 16). Jesus também não aprovou o divórcio.

A solução para todos os crentes em Cristo Jesus é aplicar os ensinos bíblicos. O sexo só deve ser usado no leito conjugal (Hebreus 13.4). Também há princípios bíblicos para a igreja lidar com pessoas que estejam enfrentando o divórcio. Ensinar a verdade bíblica a uma geração corrupta (I Timóteo 3.1; 4. 1 – 3). Reeducar os divorciados e recasados no plano de Deus para o casamento, corrigir e auxiliar pessoas que estão enfrentado problemas conjugais.

Pr. Miguel Horvath