Consideraremos, hoje, o conhecimento que tinham de Deus tanto Jó como os seus amigos. Todos eles criam em Deus, cada um com seu conhecimento limitado. O problema de Jó era não saber o porquê dos seus sofrimentos, aumentado pela visão acusadora dos amigos de que ele era um grande pe­cador e que necessitava arrepender-se. Jó tinha convicção de sua integrida­de. Sabemos que isso era verdadeiro (Jó 1.8; 2.3). Em nenhum momento ele duvidou da existência de Deus, mas queria saber a causa do seu sofrimento. Sabia que Ele é o único Deus e criador de todas as coisas. No decorrer do livro, entendemos como Jó cresceu na forma de reconhecer a grandeza de Deus. Jó reconheceu que Deus é justo e que ninguém pode igualar-se com Deus. Ele é santo e tem poder sobre todas as coisas. Ele também sentiu que não transgrediu as leis divinas (Jó 9). Sentiu que Deus vai muito além de nossa compreensão. Jó concluiu que Deus é soberano. Ele sentiu a falta de um árbitro que impusesse a mão sobre ele e Deus. Hoje, já temos Jesus para fazer a intermediação entre nós e Deus (1 Timóteo 2.5; 1 João 2.1). No capítu­lo 12, Jó lembrou da sua vida com Deus antes do seu sofrimento, como invo­cava a Deus e era respondido (v. 4). Olhando para a criação, viu a ação cria­dora de Deus, a grandeza e o poder divinos na criação, e reconheceu que a mão do Senhor sustenta e governa tudo (7.25). Mas não entendeu o seu so­frimento diante de um Deus justo. Diante da acusação de que só os ímpios é que sofrem, Jó acusou os seus amigos de falta de sentimento e compai­xão pelo amigo que estava sofrendo terrivelmente. Na sua perspectiva, ele era inocente, mas, mesmo assim, Deus derramou o seu furor sobre ele (16.11 – 17). Diante do conselho de Elifaz – “Reconcilia-te com Ele” (Jó 22. 21) -, Jó desejou ter um encontro pessoal com Deus, na certeza de que seria ouvido e justificado. Aprendemos que há necessidade de nos aprofundarmos, dia­riamente, no conhecimento de Deus e reconhecer o que Paulo nos ensina em Romanos 11.33 – 36, reconhecendo a profundidade da riqueza, da sabe­doria e do conhecimento de Deus e quão insondáveis são os juízos divinos e inescrutáveis os seus caminhos. Como servos de Deus, confiemos plena­mente que Ele está atento a cada passo da nossa vida e que sempre fará o melhor a cada um de nós que Lhe for fiel.

Pr. Miguel Horvath

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