O dicionário define inveja como “desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de outrem; desejo violento de possuir algo que o próximo tem”. Ainda que não seja fácil definir exatamente o que é inveja, todos sabemos o que ela é. Há um outro termo com sentido bem próximo da inveja: a cobiça. O dicionário define cobiça como “desejo imoderado de ter o que não nos pertence”. O décimo mandamento diz: “Não cobiçarás”. A inveja está de certo modo contido nesse mandamento. A inveja esteve presente na família do primeiro casal. Caim trouxe uma oferta a Deus que não agradou ao Senhor. Já Abel também trouxe sua oferta e agradou plenamente a Deus. Com isso, Caim se sentiu irado, e sua inveja e seu ódio foram tais que, mesmo sendo advertido por Deus de que caberia a ele – Caim – agir bem e dominar o seu desejo para vencer o pecado, acabou assassinando seu irmão Abel (Gênesis 4.3 – 8). A inveja começa, geralmente, dentro do próprio lar, vai para a sociedade e pode atingir a igreja. Quando lemos o caso de Caim, aprendemos, com a orientação do Senhor, que a inveja é um pecado com grande poder de dominação, mas que pode e deve ser vencido. Se formos tomados pela inveja por qualquer motivo, cabe a nós reconhecer que esse sentimento é pecaminoso, nos arrependermos, sinceramente, diante de Deus, e pedir forças ao Senhor para dominá-lo. A inveja está presente em todas as sociedades. Estava presente no palácio do rei Acabe (I Reis 19). A inveja, quase sempre, se mistura com a cobiça e pode produzir desgosto total ao que a possui. Acabe, como acontece com crianças mimadas, deitou-se e não quis comer nada. Acatou o conselho de Jezabel (que, de forma cruel e ímpia, eliminou a família de Nabote) para que ele pudesse possuir a vinha de Nabote. A inveja entra até no seio das igrejas. Ananias e Safira, invejando o conceito gozado pela liberalidade de muitos irmãos, agiram com dolo para terem o mesmo privilégio (Atos 4.34 – 5.11), mas foram castigados com a morte. Isso serviu de lição e advertência para todos. Tenhamos cuidado para que a inveja não destrua o ambiente saudável de nossa igreja e o desfrutar da vida abundante dos membros de nossa igreja. Que o Senhor nos guarde deste sentimento perverso.

Pr. Miguel Horvath