Desesperança e suicídio são temas muito atuais. A Bíblia e a História da Humanidade mostram que, em todos os tempos, pessoas chegaram ao estado de tentarem e até tirarem a própria vida por diversas razões. No Brasil, entre os suicidas, lembramos de Santos Dumont, pai da aviação, que se suicidou em 1932, e Getúlio Vargas, em 1954. As estatísticas registram que, em nosso país, a cada 20.000 pessoas, uma se suicida. A mente humana, ainda hoje, em muitas áreas, é um mistério. Por isso, não é fácil determinar as causas de atitudes extremas tomadas na vida de uma pessoa. Na Bíblia, encontramos casos de suicídio, como: Judas Iscariotes (Mateus 27.5), Saul (I Samuel 31.4), Aitofel (II Samuel 17.24). Além de servos de Deus que chegaram a um estado de desespero ao ponto de pedirem a morte, como Moisés, diante pressão do povo (Números 11.10 -15); Elias, diante da ameaça de morte feita por Jezabel (I Reis 19.4). Não sabemos tudo o que leva uma pessoa a tentar o suicídio, mas estudos revelam que pessoas em depressão profunda são tentadas a busca-lo. Quando temos problemas emocionais, inclusive depressão, devemos buscar ajuda de conselheiros (por exemplo, os pastores) e, se necessário, a ajuda de psicólogos e psiquiatras (de preferência cristãos). Jesus não prometeu que ficaríamos livres de problemas, aflições e desânimo, mas prometeu a Sua presença constante conosco e a certeza de que sempre nos ajudaria a vencer os conflitos desta vida (Mateus 28.20f; João 16.33). Outro texto que garante a presença e a ajuda divina, temos em Isaías 43.1 – 4. Qualquer um de nós pode ter momentos de solidão, de desesperança, mas devemos lembrar que não estamos sozinhos nesta vida. Além do Espírito Santo, que habita em nós e nos dá forças não só para vencermos os pecados, mas também para vencermos os momentos difíceis, temos também a igreja, onde podemos encontrar apoio espiritual e emocional. Somos um só corpo em Cristo e devemos estar prontos a nos ajudar mutuamente sempre e, especialmente, em momentos de desesperança e mesmo de desespero.

Pr. Miguel Horvath