A melhor maneira de disciplinar nossas finanças e evitar o consumismo é o reconhecendo que somos mordomos (administradores) de Deus. Tanto o Velho Testamento quanto o Novo Testamento ensinam claramente que nós, na verdade, não somos donos de nada e que tudo é do Senhor: “Ao Senhor pertencem a terra e tudo o que nela existe, o mundo e aqueles que nele habitam” (Salmos 24.1). Nossa vida, nosso corpo, nosso tempo, nossas aptidões e tudo o que possuímos são de Deus. Ele nos criou e nos deu tudo para que, com sabedoria, administrássemos, mas também deixou bem claro que teremos que prestar contas da nossa administração: “Pois é necessário que todos sejamos apresentados diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba a retribuição pelo que fez por meio do corpo, de acordo com o que praticou, seja o bem, seja o mal” (II Coríntios 5.10). Salomão afirmou antes de Paulo: “Porque Deus levará a juízo tudo o que foi feito e até tudo o que está oculto, quer seja bom, quer seja mau” (Eclesiastes 12.14). Se reconhecermos que somos mordomos, a nossa visão quanto ao uso do dinheiro será diferente. Primeiro, nos contentaremos com o que temos, seja pouco ou muito. Segundo, procuraremos viver com o que temos, com o cuidado de não gastarmos além dos recursos financeiros que temos. Terceiro, reconheceremos que não é o dinheiro que traz a felicidade. Só a paz com Deus traz a felicidade. Quarto, todo o nosso dinheiro e bens só devem ser adquiridos legalmente, com o nosso trabalho. Nada de jogos ilícitos para tentar ganhar alguma coisa. Quinto, é importante fazermos um planejamento financeiro. Para isso, precisamos fazer um orçamento doméstico, em que estejam incluídos dízimos e ofertas, (como reconhecimento de que o Senhor é o provedor), as necessidades básicas da família, não esquecendo de fazer esforço para que, todo mês, deixemos uma pequena reserva para os imprevistos. Temos que ter cuidado com o consumismo, comprando coisas que não necessitamos e banir da nossa mente o amor pelo dinheiro, pois isso é a causa de todos os males (I Timóteo 6.10).
Pr. Miguel Horvath