O texto chave do nosso estudo de hoje está em Efésios 4.26 e 27: “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira; nem deis lugar ao Diabo”. A ira é um sentimento que pode ser definido como: cólera, raiva contra alguém, fúria, indignação. Todos estamos sujeitos à ira, mas a nossa reação diante desse sentimento é que vai demonstrar o nosso grau de maturidade espiritual. Se, de fato, somos salvos, o Espírito Santo habita em nós (Romanos 8.9). Para alcançar a vitória sobre a ira, precisamos ter domínio próprio. O domínio próprio faz parte do fruto do Espírito Santo. Para ter em nós o fruto do Espírito, devemos obedecer a ordem bíblica: “Enchei-vos do Espírito” (Efésios 5.18 f).
A ira, em si mesma, não é, essencialmente, pecaminosa. O pecado é alimentar e se deixar dominar pela ira. É por isso que Paulo nos adverte: “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a ira”. O motivo da ira deve ser justo, mas, mesmo assim, não devemos encorajar essa atitude. Há algumas situações que podem justificar algum grau de indignação de um servo de Deus. Por exemplo, quando Moisés desceu do Sinai (Êxodo 32.19 e 20), ao ver o bezerro de ouro e sua adoração, se irou e jogou as tábuas da lei ao pé do monte, quebrando-as. Deus não o repreendeu por isso. É natural que fiquemos indignados diante de injustiças cometidas, atos vergonhosos, maldosos ou violentos contra os justos ou ao ver Deus sendo ridicularizado ou blasfemado.
A ira precisa ser mantida sob controle. Se não conseguirmos nos controlar emocionalmente, podemos abrir uma brecha para que o inimigo coloque o que há de pior em nosso coração.
Paulo reconhece que há circunstâncias que provocam a ira, mas ele também deixa claro que podemos irar-nos e não pecar. Para que isto aconteça, a ira deve ser mantida sob controle, e também precisamos aprender com Tiago a estarmos prontos para ouvir, tardios para nos irar (Tiago 1.19). Para controlar a ira, precisamos buscar a comunhão com Deus, em oração, e a obediência aos ensinos bíblicos. Precisamos amadurecer, espiritualmente, através da santificação de nossas vidas.
Pr. Miguel Horvath