Ao abrirmos a Bíblia, logo no início, encontramos que Deus, no princípio, criou os céus e a Terra, e que a Terra era sem forma e vazia, havendo trevas na face do abismo (Gênesis 1.1 e 2). É até difícil imaginar como era a Terra coberta totalmente de trevas. Um apagão da luz à noite pode nos dar uma pálida ideia. O primeiro ato divino foi criar a luz: “Haja luz e houve luz” (Gênesis 1.3). Sem a luz, tudo seria caos e um pesadelo sem fim.
Na revelação bíblica, a luz figura o bem, a verdade, a autenticidade, a perfeição, a santidade e o caráter perfeito de Deus. As trevas, ao contrário, figuram tudo quanto há de mau: a mentira, a desobediência, a maldade, o egoísmo, o roubo, o adultério; enfim, tudo que desagrada a Deus.
Jesus é a luz do mundo. Quem O seguir jamais andará em trevas, mas terá a luz da vida (João 8.12). Pelo fato de andar com Jesus, o crente torna-se a luz do mundo, como o próprio Senhor afirmou: “Vós sois a luz do mundo… assim resplandeça a vossa luz diante dos homens” (Mateus 5.14 e 16).
O mundo jaz nas trevas. Fato facilmente constatado por todos ao se ver a situação do mundo. As leis divinas são desobedecidas, os estatutos são deturpados e a aliança eterna quebrada (Isaías 24.6). As densas trevas dominam a sociedade em que vivemos, e nós, filhos da luz, precisamos brilhar no meio delas.
O apóstolo João indica como brilhar na sociedade: obedecendo ao velho e novo mandamento, a lei do amor real. O amor a Deus e ao próximo é o resumo de toda a lei. O amor não pode ser somente teórico. Ele deve ser sentido por todas as nossas ações. O amor a Deus sobre todas as coisas deve nos levar a obedecê-Lo em tudo e em qualquer circunstância. Lutar pela santidade plena. O amor ao próximo precisa ser evidenciado em nossas ações e relacionamentos com o nosso próximo, sem distinções ou preconceitos.
A presença do verdadeiro crente em qualquer ambiente deve fazer a diferença. Com palavras ou sem palavras, a luz deve brilhar sempre em todos os ambientes.
Pr. Miguel Horvath