É comum encontrarmos alguém com complexo de inferioridade e baixa autoimagem. Isso é resultado, em boa parte, do que a pessoa pensa. O sábio Salomão diz: “Acima de tudo que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Provérbios 4.23). O coração, aqui, equivale à mente. A nossa mente revela o que somos. Por isso, precisamos de muito cuidado com o que pensamos e armazenamos nela. Paulo aconselha a pensarmos em tudo o que é verdadeiro, tudo que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, e se há alguma virtude, se há algum louvor nisto devemos pensar (Filipenses 4.8). Com uma mente sã, controlada por Deus, teremos o verdadeiro conceito de nós mesmos.
A autoimagem é um sentimento ligado à maneira como nos vemos. Para nós, salvos por Cristo, a autoimagem está baseada nos ensinos bíblicos. O dicionário de Houaiss, diz que “autoimagem é a qualidade de quem se valoriza, se contenta com seu modo de ser e demonstra, consequentemente, confiança em seus atos e julgamentos”. A palavra chave para autoimagem é o equilíbrio. Não devemos nos supervalorizar e nem nos inferiorizar.
Todo o ser humano tem o seu valor, a partir da criação. Fomos criados “à imagem e semelhança de Deus” (Gênesis 1.27). Apesar do estrago feito pelo pecado, ainda temos valor diante do Senhor. A prova disto é o sacrifício de Cristo por nós. Se não fôssemos valiosos aos olhos divinos, Cristo não teria vindo a esta terra. E, agora, salvos por Jesus, somos novas criaturas, e tudo se fez novo (II Coríntios 5.17). Logo, cada um de nós tem valor diante de Deus e dos homens, pois fomos feitos à “imagem e semelhança de Deus”. Isso significa que temos qualidades e características que o Senhor nos deu. Ainda temos a velha natureza, por isso sujeitos ao pecado. Egoísmo e orgulho podem levar-nos a nos valorizarmos além do que somos. Paulo exorta-nos “cada um dentre vós não pense de si mesmo mais do que convém; mas pense com equilíbrio, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Romanos 12.3).
Pr. Miguel Horvath