O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, coroado de glória e honra, para ter domínio sobre toda a Terra (Salmos 8.5; Gênesis 1.26). Deus tinha provisão para o homem viver eternamente. No jardim do Éden, havia a árvore de vida (Gênesis 3.22). A morte não existiria se o homem obedecesse a Deus. Ele havia recebido a ordem do Senhor para não comer da árvore do conhecimento do bem e mal: “Então o Senhor ordenou ao homem: Podes comer livremente de qualquer árvore do jardim, mas não comerás da árvore do conhecimento do bem e mal; porque no dia em que dela comeres, com certeza morrerás” (Gênesis 2.16 e 17).

A morte é o resultado da desobediência humana à ordem do Senhor. A consequência deste ato de desobediência atingiu não só o ser humano, mas toda a terra, que, a partir daí, se tornou maldita, produzindo ervas daninhas, e o homem teve que, com o suor de seu rosto, conseguir o seu sustento e, no final dos seus dias, “voltar ao pó do qual foi criado”, e sua alma prestar contas de sua vida diante de Deus.

A primeira morte que o homem provou foi a espiritual, isto é, a separação da comunhão e dependência do Senhor. O homem, depois de desobedecer a Deus, quando sentiu a presença do Senhor, escondeu-se. Antes do pecado, o homem tinha prazer em estar na presença do Senhor. Porém, depois, tentou fugir da presença divina (Gênesis 3.9 – 11).

A segunda morte é a separação da alma do corpo, que ocorre no final da vida terrena, quando o corpo terreno vai para a sepultura e alma volta ao seu Criador para prestar contas de todos os seus atos (Hebreus 9.27; II Coríntios 5.10; Eclesiastes 12.13 e 14). Até hoje, todos os homens passaram por esta segunda morte, com exceção de dois: Enoque (Gênesis 5.24) e Elias (II Reis 2.11). Nós também passaremos por ela, se Cristo não voltar antes da nossa partida para a eternidade (I Coríntios 15.51 e 52).

A terceira morte é a separação definitiva entre o ser humano e o seu Criador (Mateus 5.29 e 30; 18.8 e 9; 22.13; 25.41, 46). Todos os que não nascerem de novo durante sua jornada terrena, após a segunda morte, experimentarão a terceira morte (Mateus 25.41, 46).

A primeira morte atinge a todo o ser humano que nasce a partir do pecado de Adão e Eva, com uma única exceção, Jesus Cristo, pelo fato de ter sido gerado pelo Espírito Santo. Só Jesus e tão somente Jesus foi concebido sem pecado e pôde viver sem pecado em toda a sua vida terrena. Ao vir a este mundo para dar sua vida em resgate dos pecadores, Ele cumpriu a promessa do Senhor feita em Gênesis 3.15.

Como todos os homens são pecadores, portanto, mortos em seus delitos e pecados (Romanos 3.23; Efésios 2.1,5), todos precisam nascer de novo, isto é, reconhecer que são pecadores e que só há um meio de serem reconciliados com Deus: crendo em Cristo Jesus como seu único e suficiente Salvador (João 3). A Bíblia é clara em mostrar essa verdade: “Porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Romanos 3.23). “Portanto, assim como o pecado entrou por um só homem e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, pois todos pecaram” (Romanos 5.12). “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6.23).

A primeira morte, a espiritual, pode e deve ser vencida aceitando o plano de salvação que Deus preparou através de Jesus Cristo (João 3.15; Atos 4. 12; I Timóteo 1.3 – 5). A segunda morte, a física, será exterminada com a 2ª vinda de Jesus Cristo a este mundo, de forma visível a todos, trazendo a consumação de todas as coisas. “A morte foi engolida pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado a lei. Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (I Coríntios 15.54f – 57). Os que estiverem vivos na 2ª vinda de Cristo não provarão a morte física, mas terão os seus corpos carnais transformados em espirituais (I Coríntios 15.50 – 54).

Qual das três mortes é a mais terrível? Sem nenhuma dúvida é a morte eterna, isto é, a condenação eterna, viver para sempre longe de Deus e sofrendo os horrores no inferno, criado para o diabo e seus anjos, em companhia deles e de todos os que não aceitaram, pela fé, a Jesus Cristo durante a sua vida terrena. Qualquer homem, morto em seus delitos e pecados, pode vencer a morte espiritual nascendo de novo (João 3.1 – 17). Esse novo nascimento ocorre quando ele reconhece que é pecador e que, sem a mediação de Cristo, não pode ser salvo, e rende-se aos pés de Cristo incondicionalmente. A terceira morte é terrível porque os que a receberem estarão irremediavelmente perdidos e sofrerão por toda a eternidade.

Pr. Miguel Horvath

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