Para que possamos viver bem e felizes, precisamos de perfeita harmonia em três níveis: com Deus, com o nosso próximo e conosco. O homem era plenamente feliz no Jardim do Éden porque seguia perfeitamente os padrões de harmonia desejados por Deus. Com a entrada do pecado, quebrou-se o primeiro elo da harmonia – com Deus – e, consequentemente, com o semelhante e consigo. Ao ler o livro de Gênesis, percebemos como o pecado modificou todos os relacionamentos, inclusive com o mundo animal e com a natureza.

O apóstolo Pedro, no texto em estudo (3. 1-12), ensina seus leitores a viverem em harmonia na família e na sociedade, de um modo geral. O menor grupo social é a família. É ali que começam todos os nossos relacionamentos. Esses relacionamentos são consequências do nosso relacionamento com Deus, que modifica o nosso interior, nos tornando aptos para vivermos em harmonia com todos.

Primeiro, ele trata dos relacionamentos dentro da família, no lar. Se quisermos fazer conhecido o Evangelho de Cristo e ver os padrões da sociedade modificados, precisamos viver os ensinos de Cristo integralmente. E isso começa por cada componente do lar. Por essa razão, o apóstolo fala sobre os deveres dos cônjuges.

Nos dias apostólicos, como também hoje, há esposas cujos maridos não são salvos por Cristo. O conselho apostólico é que elas, pela vida cristã, alcancem a salvação dos esposos. O conselho vale também para todas as esposas: dever de submissão, testemunho sem palavras (vida cristã exemplar). O verdadeiro adorno não é o exterior, mas a vida cristã interior. Não há condenação no uso de cosméticos, frisado de cabelo, uso de joias ou vestes, mas com os exageros externos e esquecimento dos valores internos.

Os maridos também estão na exortação de Pedro: “coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher como vaso mais frágil, coerdeiras da mesma graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações” (3. 7). Isso implica na necessidade do marido ser sábio na vida conjugal diária, de tal modo que promova o bem-estar no casamento.

Por último, Pedro fala do relacionamento do crente fora do lar. O amor fraternal deve guiar todos os seus relacionamentos na busca da paz, procurando não revidar mal com mal, ou injúria com injúria. Antes, bendizendo e vencendo o mal com o bem. Deve haver um cuidado especial com a língua, refreando-a sempre que necessário.

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