Talvez você seja uma pessoa mais metódica, que se dê bem com “planos de leitura”, como, por exemplo, ler 4 capítulos todos os dias por um ano (há algumas variações interessantes desse método), ou ler de acordo com uma proposta cronológica. Na verdade, basta você dividir o número de capítulos da Bíblia (1189) pelo tempo que quer gastar na leitura. Se você acha que funciona bem assim, vale tentar! Só peço que leia com atenção e não apenas para cumprir uma meta, “marcar um X”, combinado? Se, porém, assim como eu, você não faz parte do grupo de pessoas mais organizadas e disciplinadas do planeta, leia com atenção os próximos parágrafos.

Para mim, foi de grande ajuda enxergar a Bíblia não como um livro, mas como uma coleção de livros. Aliás, o significado da palavra grega “Bíblia” é exatamente este: “livros”. Plural. Nesse sentido, dividir sua leitura indiscriminadamente em capítulos, como se a Bíblia fosse um único e grande livro, pode fazer você perder de vista o significado de cada livro, independente dos demais.

Portanto, sugiro que você estabeleça metas menores, sejam livros ou blocos de livros (ex: “evangelhos”, “cartas de Paulo”, “livros da Lei”, etc), sem necessidade de determinar um tempo específico (se você quiser, não há problema). Conforme você cumpre tais metas, estabelece outras, até que, quando perceber, terá lido a Bíblia toda. A ideia é “mudar a chave” de sua mente. Se você encarar a Bíblia como um livrão de Gênesis a Apocalipse, a probabilidade de se cansar no meio do caminho é enorme. Por outro lado, se você encará-la como vários livros e/ou blocos de livros, à medida que conclui etapas, você marca o que já leu e renova o fôlego.

No fim das contas, o método tem seu valor, mas independente de começar por aqui ou por ali, só há uma maneira de percorrer o caminho: LER. Então, se você mantiver uma boa rotina de leitura, de modo tal que o leve a uma boa prática em seu cotidiano, certamente será muito abençoado neste novo ano (Deuteronômio 17.18-20).

Pr. Bruno Ruggeri