Elias foi hospedado pela viúva de Sarepta, sendo ele, ela e seu filho, sustentados milagrosamente por Deus, com a multiplicação do pouco de azeito do vaso e do pouco de farinha. Quando tudo ia bem, eis que o filho da viúva adoeceu e morreu. Ele era a esperança de amparo na velhice para aquela mulher. Na sua dor, ela atribuiu o fato à presença do profeta em seu lar, trazendo à memória a sua iniquidade. Este pensamento da viúva é muito comum aos homens até hoje: que os males que nos sobrevêm são por causa do nosso pecado. Em alguns casos, pode ser, mas nem sempre os são. Elias nada respondeu, mas pediu o filho morto e o levou ao seu quarto. Ali, diante de Deus, Elias orou a Deus confessando o seu sentimento de surpresa com a morte do filho da viúva que tão bondosamente o acolhera. Ele pediu ao Senhor que tornasse a dar a vida à criança. Com a criança já de volta à vida, a entregou à sua mãe. Vendo o filho vivo ela testemunhou: “Tu és homem de Deus e a palavra do Senhor na tua boca é verdade”.
O que aprendemos com a narrativa desse episódio da vida de Elias é que Deus tem o controle de tudo. Nada acontece sem sua vontade plena ou permissiva. Sempre podemos e devemos confiar nele. Ainda que não saibamos “os porquês” dos acontecimentos, o Senhor sabe e sempre age em favor dos seus (Romanos 8. 28). Ele é quem dá a vida e a tira (I Samuel 2. 6). A nossa vida está em suas mãos (Daniel 5. 23). As causas das adversidades são diversas: escolhas erradas, situação da sociedade em que vivemos, para exaltação do nome do Senhor, provação da nossa fé e amor, pecados cometidos, entre outras. No caso do filho da viúva, era para a exaltação do nome do Senhor e reconhecimento de que Elias de fato era homem de Deus e que a palavra do Senhor em sua boca era a verdade.
Aprendamos também que o nome do Senhor deve ser exaltado por meio de nossas ações e reações em todas as circunstâncias, mesmo nas adversidades da vida. E que o mundo reconheça que somos servos de Deus e que a sua palavra em nossa boca é verdade.
Pr. Miguel Horvath